na cidade

Sugestão NiO: os enigmas mais desafiantes e assustadores estão em Algés

Tratam-se dos jogos da Escape2Win que são perfeitos para quem gosta de adrenalina e ultrapassar obstáculos com ou sem sustos.
Mate a curiosidade.

Por norma, existe sempre um pequeno problema dentro de um grupo de amigos: fugir à rotina e encontrar programas divertidos. Marcar mesa num restaurante é fácil e agendar uma viagem passa a ser tradição, no entanto, já pensou noutras alternativas? A nossa sugestão é muito simples: descobrir como sair de uma escape room em conjunto. 

Caso não esteja familiarizado com o conceito, tudo começa com um grupo de jogadores que fica preso numa sala. O objetivo é resolver os vários enigmas que vão surgindo em apenas 60 minutos. Os participantes vão deparar-se com quebra-cabeças, objetos escondidos e adivinhas que tornam a experiência mais desafiante. O tema da sala é escolhido antes de entrarem, assim como o nível de dificuldade. Durante todo o jogo, há um responsável que vê cada movimento através de um monitor. Desta forma consegue dar pistas se for preciso ou deixar sair os jogadores em caso de desistência. 

Naturalmente com alguma curiosidade, a NiO esteve à conversa com uma das responsáveis pelos melhores escape rooms da capital. O Escape Hotel fica no número 54 da Rua Ernesto da Silva, em Algés. Sílvia Lobo, de 41 anos, trabalha nesta área em conjunto com o marido e fez questão de nos explicar como tudo começou.

“O Escape2Win abriu na Ajuda, em Lisboa, em 2016. Dois anos depois, abrimos um espaço em Algés e mantínhamos os dois, até porque tínhamos um jogo só para crianças. Quando decidimos abrir um espaço maior onde pudéssemos concentrar tudo, abrimos o espaço onde estamos agora e fechámos os outros dois. Aqui estamos desde fevereiro de 2020, portanto, estávamos a começar no início da pandemia e foi horrível”, revela.

A verdade é que os constantes confinamentos complicaram a vida de muitos oeirenses que tinham os seus próprios negócios, sendo que este casal sofreu exatamente dos mesmos problemas. Inicialmente, o novo local onde se encontra o Escape Hotel era um open space o que obrigou a uma reformulação total do espaço. Foram meses de trabalho intenso para construir paredes e as salas como eram idealizadas por Sílvia, o lado criativo desta equipa. Quando fecharam as outras duas localizações e inauguraram a atual, a pandemia instalou-se em pouco menos de um mês. 

“Como este conceito é considerado entretenimento, não tinha motivos para estar aberto. Mesmo hoje, ainda sentimos diferença entre o pré-pandemia e esta fase. Ainda não estamos como estávamos antes de tudo começar”, admite a professora de formação.

Quando questionada sobre a razão pela qual avançou com este projeto sendo que é uma atividade bastante diferente do que fazia, respondeu que foi mesmo por paixão.

“Nós [Sílvia e o marido David] começámos a jogar por acaso. Fizemos uns jogos em Lisboa que já nem existem hoje em dia e a certa altura achámos que tínhamos todas as qualificações necessárias para criar uma coisa destas. O meu marido é informático e como tem jeito para o design, ele é que constrói as nossas salas. Eu sou o lado criativo e imagino-as. Juntos fazemos as coisas acontecer. Achámos que era perfeito para nós e que íamos gostar”, acrescentou a responsável.

Desde que apareceram em Portugal, os escape rooms têm evoluído bastante. No início, um jogo tinha apenas uma sala e era tudo feito à base de cadeados em caixas que ao abrir continham algum detalhe importante para a resolução do desafio. Entretanto, os jogos tomaram uma posição que necessita de mais habilidade por parte de quem participa. “Os nossos jogos têm, no mínimo, três salas e os enigmas são eletrónicos. Há uma evolução muito grande não só na nossa empresa como nos escapes de forma geral”, sublinha.

A inspiração para serem um dos escape rooms de terror pioneiros na capital, veio do facto de Sílvia adorar este tipo de desafios mais assustadores. Abriram o Asylum na Ajuda e foi “bombástico”. Quando se mudaram definitivamente para Algés, não queriam abrir o mesmo jogo e criaram uma nova versão: The Basement.

“Também temos o Haunted Dinner que é com espíritos e isso vem do meu gosto pessoal por essa área. Aliás, o meu marido detesta terror mas é o que eu mais gosto. Numa sala de escape normal, nós resolvemos enigmas e temos de ser detetives mas quando há terror existem também sentimentos envolvidos como a sensação de mau estar ou pensar no que é que está atrás da porta. Isso traz uma camada extra ao jogo. Acaba por tornar o jogo mais interessante e imersivo”, admitiu. 

A verdade é que quem vai pela primeira vez, nunca fica desiludido e diverte-se com toda a certeza. Esta experiência é excelente para ultrapassar uma aventura entre amigos ou até para fortalecer uma equipa que trabalhe diariamente lado a lado. No Escape Hotel, o mínimo necessário são dois participantes, porém, existem jogos para fazer em família. Há desafios para as os miúdos resolverem e para os adultos puxarem realmente pela cabeça. Ninguém fica de fora. 

Os preços variam bastante consoante o número de jogadores, sendo que duas pessoas pagam 50€. Contudo, o segredo está na quantidade de membros da equipa. Isto é: quantos mais forem, menos pagam. Depois basta escolher uma das cinco salas disponíveis.

O Interview Head2Head, por exemplo, é ideal para duas equipas competirem e permite estarem dez pessoas em jogo. Caso queira sentir verdadeira adrenalina, arrisque no Haunted Dinner porque todos os participantes garantem que não estão sozinhos quando terminam o desafio. 

De seguida, carregue na galeria para perceber o quão assustadoras são as salas do Escape Hotel.

FICHA TÉCNICA

  • MORADA
    Rua Ernesto da Silva, 54 Loja A

    1495-110 Algés

MAIS HISTÓRIAS DE OEIRAS

AGENDA