Esta segunda-feira, 22 de julho, foi apresentado o mega projeto para nova zona ribeirinha. No total haverá um investimento de 300 milhões de euros para reabilitar espaço entre Pedrouços, Lisboa, e Cruz Quebrada, Oeiras até 2030. Mas o presidente da Câmara, Isaltino Morais, já anunciou a disponibilidade da autarquia na antecipação das obras.
O projeto Ocean Campus conta com três fases de implementação. E, no programa apresentado pela Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, o objetivo é intervir no território de Oeiras apenas na segunda fase, entre 2022 e 2026, na qual está previsto um investimento total de 152 milhões de euros num hotel, num espaço empresarial e para centros de investigação, na Marina do Jamor, na ‘Blue Business School’, assim como em terrapleno, arranjos exteriores e acessibilidades.
Para acelerar o processo, o presidente da Câmara Municipal de Oeiras afirmou que o município “está disponível para antecipar o cenário de concretização que o programa de faseamento prevê” para a requalificação da zona, de modo a que a “primeira e segunda fases possam ser executadas em simultâneo”. Ou seja, as obras em Oeiras podem começar já no próximo ano.
Assim a Câmara Municipal de Oeiras compromete-se a alocar as verbas e os meios necessários que permitam garantir a componente física para suportar as atividades no espaço que se estende até à zona da foz do rio Jamor. Isaltino Morais anunciou ainda a requalificação das praias de Algés e da Cruz Quebrada, estando a trabalhar para a atribuição da Bandeira Azul nas praias de Paço de Arcos e de Caxias.
A APL — Ministério do Mar não tem planos para o crescimento da atividade portuária no troço da orla ribeirinha de Algés à foz do Jamor. Isto permite ao município “consolidar um eixo de recreio, lazer e turismo, integrando pólos de investigação científica e desenvolvimento tecnológico de referência a nível internacional, concretizados em edifícios icónicos, símbolos visíveis da economia do conhecimento, marcos na paisagem da entrada da barra do Tejo”.
Segundo Isaltino Morais, o conceito Ocean Campus “constitui uma base programática a desenvolver, para harmonizar as vontades da Autarquia e da APL – Ministério do Mar, consolidando uma versão comum do futuro, para um território que, do ponto de vista funcional, é indissociável do restante território municipal, integrando-se na estratégia de desenvolvimento subjacente à marca Oeiras Valley”.
O Ocean Campus Portugal pretende requalificar a zona ribeirinha e urbana de uma área que ocupa 64 hectares, transformando-a num embrião de startups e num campus de investigação, desenvolvimento e inovação de atividades ligadas ao mar.