A temperatura média do mês passado foi a mais elevada alguma vez registada, adianta o Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S), da União Europeia. Janeiro de 2025 bateu o recorde mensal de calor pela décima vez consecutiva desde que começou a recolha regular de dados, segundo o relatório divulgado esta quarta-feira, 5 de fevereiro pelo programa europeu.
Segundo o relatório do serviço Copernicus, a temperatura média global do ar foi de 13,23 graus, mais 0,79 que a média entre 1991 e 2020 para o mês de janeiro e quase mais dois graus (1,61 graus) à média pré-industrial, entre 1850 e 1900.
No leste da Europa, incluindo a Rússia oriental, as temperaturas atingiram os níveis mais altos. Já na Islândia, Reino Unido, Irlanda e norte de França os termómetros registaram números mais baixos.
No mundo, Canadá, Alasca e Sibéria, assim como América do Sul, África e parte da Austrália e Antártida foram os países meses quentes. Os Estados Unidos, península arábica e Sudeste Asiático ficaram abaixo da média das temperaturas registadas.
Apesar do aparecimento de uma La Niña, um fenómeno meteorológico natural cíclico de diminuição da temperatura no oceano Pacífico, em contraponto com o aquecimento provocado pelo El Niño as temperaturas mantiveram-se altas.
As temperaturas dos oceanos também atingiram “um nível invulgarmente elevado no mês passado e, para travar o aquecimento, são necessárias reduções rápidas das emissões de gases com efeito de estufa”, acrescentou a responsável do Copernicus.
Janeiro, por outro, foi o mês mais húmido do que a média em regiões da Europa Ocidental e partes de Itália, da Escandinávia e dos países bálticos, e mais seco do que a média no norte do Reino Unido e da Irlanda, no leste de Espanha e a norte do Mar Negro. A extensão do gelo marinho na Antártida foi cinco por cento inferior à média.
