Em maio deste ano, o Taguspark já tinha assistido a uma invasão de animais feitos a partir de lixo retirado dos oceanos. A exposição “From Sea Garbage to Art” esteve patente no parque tecnológico com 27 obras de arte criadas a partir de objetos encontrados no oceano, como chinelos de borracha.
Agora, o espaço volta a receber uma obra do mesmo género, desta vez em tamanho real. A escultura “Girafa Lavoisier”, como é intitulada, instalou-se o Núcleo Central do Taguspark, como parte integrante da coleção permanente do complexo conhecido como cidade do conhecimento.
Com 5,6 metros de altura, fiel à anatomia de uma girafa real, esta escultura foi feita a partir de 5.200 chinelos de borracha retirados do Oceano Índico e de 156 quilos de resíduos de poliuretano recolhidos em aterros. Demorou 99 dias a ser produzida por cinco artesãos e pesa cerca de 200 quilos. De acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza, a representação desta girafa pretende alertar para a sua ameaça enquanto espécie em vias de extinção, sendo considerada o maior ruminante e o mamífero mais alto da Terra.
A mais recente atração do Taguspark foi produzida pela Ocean Sole, uma ONG sediada no Quénia, em parceria com a United to Remake, start-up instalada na Incubadora do Taguspark. É uma peça artística única e a maior alguma vez feita pelos artesãos da ONG, que diariamente e sem recurso a quaisquer máquinas, colecionam chinelos descartados no oceano e lhes dão um novo propósito.
A “Girafa Lavoisier” tem um impacto particular no público devido à sua dimensão e, também, ao seu padrão colorido que faz lembra mosaicos. Pode ser visitada de segunda a sábado, das 9 às 19 horas, no Núcleo Central do Taguspark. A entrada é gratuita.
