Após quase duas décadas de promessas, Algés vai mesmo ter uma passagem pedonal por cima da linha ferroviária. Esta estrutura permitirá circular entre o Passeio Marítimo de Algés e a Alameda Hermano Patrone, na União de Freguesias de Algés, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada/Dafundo.
“A infraestrutura terá um impacto significativo para os amantes de passeios e corridas, especialmente na zona marginal, que é um local privilegiado para atividades ao ar livre. Além disso, será fundamental para aqueles que desejam deslocar-se de forma mais sustentável em curtas distâncias, optando por caminhar em vez de utilizar o automóvel”, destacam os responsáveis. Este projeto é também uma forma de sublinhar a ligação do concelho de Oeiras à costa.
As obras arrancaram na passada quinta-feira, 6 de março, segundo o projeto apresentado pela empresa Parque Tejo, empresa municipal de mobilidade em Oeiras. Segundo o documento, as intervenções devem decorrer ao longo de um ano e durante esse período “serão impostas algumas restrições ao trânsito, devidamente sinalizadas”. As limitações estarão, principalmente, entre o edifício do Burger King de Algés e o Aquário Vasco da Gama, no Dafundo.
O investimento totaliza aproximadamente 2,5 milhões de euros e a passagem será composta por um troço horizontal de 68 metros de comprimento, sustentado por duas vigas treliçadas. Estão previstas escadas em ambas as extremidades e elevadores. Além de ser essencial no dia a dia, a infraestrutura também pretende resolver o congestionamento que se verifica anualmente durante o Festival NOS Alive, que se realiza no Passeio Marítimo de Algés.
Nos dias de maior afluência, o túnel ferroviário da estação fecha, obrigando os festivaleiros a optar por saídas em direção a Belém ou a percorrer o IC17/CRIL, o que resulta num trajeto pedonal moroso e complicado durante a madrugada.
Em junho de 2024, o vice-presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Francisco Rocha Gonçalves, declarou à Lusa, citado pelo “Expresso”, que o concurso para a construção da ponte pedonal havia ficado “vazio”. E acrescentou: “Assim que for viável, iremos lançar novamente o concurso para a execução da ponte, que será realizada”.
