Há algum tempo que Rute Ponte e Ivo Pereira procuravam uma solução para mudar de vida. O mundo corporativo, na área dos recursos humanos, estava a tornar-se cada vez mais incomportável para Rute, com um ambiente pesado e que deixava pouco espaço para a sua vida pessoal. “Procurava um projeto que tivesse boa energia, para podermos trabalhar juntos e ter os próprios horários”, conta à NiO.
No entanto, o momento chave para a tomada de decisão acontecer quando Rute, 48 anos, foi mãe. “Sinto que a maternidade foi o ponto crucial para esta mudança, querer estar mais presente”, explica. Assim, Rute deixou o emprego, onde estava há oito anos, para abrir o primeiro estúdio de fitboxing em Miraflores. Tudo isto com o apoio do marido, Ivo, de 45 anos, que gere uma empresa equipamentos de proteção individual de família, fundada há 50 anos pelo seu pai.
O Brooklyn Fitboxing abriu a 10 de dezembro. Segundo os fundadores, este espaço é indicado para as pessoas que nem sempre encontram motivação para ir aos ginásios convencionais, para quem não sabe como utilizar equipamentos desportivos ou não consegue cumprir os seus objetivos no que ao exercício físico diz respeito. Ali, o conceito é focado na experiência de um treino de HIIT, ou seja, de alta intensidade, misturada com boxe.
Rute conheceu o mundo do fitboxing durante a pandemia, quando procurava opções fora dos ginásios tradicionais, para se manter ativa. “Sou o exemplo de alguém que não tinha motivação para treinar e foi essa a proposta que encontrei nestes espaços”, refere.
Primeiro, há um momento de aquecimento, ao qual se segue um treino de força, com um saco de boxe, e onde não há contacto entre as pessoas. “Resumidamente, é uma aula intensa, energética e ao ritmo das músicas produzidas pelo espaço“, conta a responsável. Por fim, a sessão termina com alongamentos.
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Apesar de serem aulas de grupo, todos os planos de treino são personalizados e os exercícios adequados a cada pessoa. Um dos detalhes diferenciadores está também nos sacos de boxe utilizados, uma vez que possuem uma tecnologia que permite armazenar a performance e desempenho de cada cliente e a sincronização com a música.
Tudo isto, com o objetivo de comparar resultados e cada pessoas poder acompanhar o seu desempenho ao longo do tempo. “Aqui, é adotada a mentalidade de superação com uma forte componente competitiva, o que permite uma grande taxa de permanência do espaço após a primeira aula”, explica Rute.
Além disso, os treinos são solidários. “Há cinco pilares da empresa: a promoção à saúde, infância, ambiente, oceanos e floresta, onde cada cliente pode escolher qual decide apoiar com a sua inscrição. No final de cada mês, é convertido um por cento da faturação correspondente e são aplicados nas associações escolhidas por cada cliente”, garante a fundadora.
A sessão experimental custa 9,95€, com a oferta das luvas e ligaduras, independente se pretende continuar as aulas ou não. Depois, é feita uma avaliação junto dos profissionais e pode ser estabelecido um plano para as necessidades de cada cliente. No entanto, as aulas avulso, custam entre 8€ a 10€. As inscrições são feitas online.
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