Para quem gosta de transformar as emoções, alegrias, tristezas, desgostos e reflexões em poemas, pode agora tentar a sorte de ver a sua poesia reconhecida. É que está de volta o Prémio Poesia de Oeiras e já abriram as inscrições. Vá buscar a poesia que tem guardada na gaveta, ou pegue num papel e caneta (ou no computador, se preferir) e comece a escrever.
Poderá submeter a sua poesia a concurso até dia 15 de janeiro de 2025, através do site oficial da iniciativa, criada pelo Município de Oeiras, com uma plataforma própria para facilitar o processo de candidatura e análise das obras apresentadas. Esta, que é já a terceira edição, terá como figura homenageada Luís Vaz de Camões, assinalando os 500 anos sobre a data do seu nascimento.
O Prémio Poesia Oeiras divide-se duas categorias distintas: “Revelação” e “Consagração”. O vencedor do primeiro lugar na categoria “Revelação” vai receber o valor de 5 mil euros, enquanto na categoria “Consagração” chega aos 20 mil euros. “Este é um dos prémios com maior valor pecuniário para a poesia em língua portuguesa”, garante o município.
Do grupo de jurados do prémio “Revelação” fazem parte nomes como: Uili Bergammín Oz, representante do patrono do Prémio; Maria Luísa Patrício Barros Santos, representante do Município de Oeiras; o português Jorge Reis Sá e o brasileiro Ronaldo Cagiano pelo reconhecido mérito literário; e o escritor e músico Kalaf Epalanga de origem angolana, em representação dos restantes países da CPLP.
O júri do prémio “Consagração” é composto por: Uili Bergammín Oz, representante do patrono do Prémio; Gaspar Manuel da Costa Matos, representante do Município de Oeiras; o português Fernando Pinto do Amaral e o brasileiro António Carlos Secchin, pelo reconhecido mérito literário; e o escritor Mia Couto, moçambicano, em representação dos restantes países da CPLP.
Oeiras tem assumido, ao longo dos anos, um papel de promotor e patrono de poesia, promovendo diversas iniciativas ligadas a este género literário, além de ter, no seu território, “uma infraestrutura cultural e paisagística única a nível nacional e internacional: o Parque dos Poetas”, afirma a autarquia, “pensada para ser um lugar de fruição e lazer, mas também de descoberta dos poetas em língua portuguesa”.
O município destaca ainda a importância de continuar a criar iniciativas que promovam a poesia, que assume “uma importância vital como espaço de liberdade, de criatividade, de apelo e confirmação da imaginação criadora”. Para mais informações, pode consultar o regulamento completo no site oficial da iniciativa, ligar para o número 214 408 566 ou enviar email para premiodepoesia@nulloeiras.pt.
Os números da edição de 2023
Na segunda edição do prémio, foram recebidos 731 títulos, dos quais 149 para o Prémio Consagração e 582 para o de Revelação. Do número total de candidatos, 63 por cento eram do género masculino e 37 por cento do género feminino, com idades compreendidas entre os 18 e os 94 anos. Só em Portugal, foram recebidas candidaturas de 111 concelhos e de todas as freguesias e união de freguesias do concelho de Oeiras.
Na lista de candidatos, estiveram presentes diferentes países de língua portuguesa, tais como Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Cabo Verde, Angola, Moçambique e Brasil. Com o objetivo de promover a poesia e a língua portuguesa, a iniciativa foi divulgada nos países da CPLP e nas suas comunidades espalhadas pelo mundo, fazendo com que fossem recebidas também candidaturas de locais como Alemanha, Canadá, Espanha, França, Grécia, Irlanda, Itália, Noruega, Países Baixos, Reino Unido e Suíça.
O primeiro lugar do Prémio de Poesia Oeiras, na categoria “Consagração”, foi atribuído à obra “O Meu Corpo Humano” da portuguesa Maria do Rosário Pedreira, editada pela Quetzal. Na modalidade “Revelação”, foi declarada vencedora a obra “O que nunca mais recuperamos” do português Luís Pedro de Aguiar Fernandes, sob o pseudónimo Tomás Tereso.
Foram também atribuídas duas menções honrosas às obras “Somos Só Nós e Não Nos Bastamos” e “Estratégias Para Ver à Sombra”, do português Alexandre de Paiva Monteiro e do brasileiro Gustavot Diaz, respetivamente. Estas duas obras serão publicadas sob a chancela Os Livros de Oeiras.