Malibu Ninjas é o nome do grupo de artistas multidisciplinares, que desenvolve a sua atividade tanto no espaço público, através de murais, por exemplo, como também a nível mais privado, com exposições onde a pintura e escultura são protagonistas. O coletivo foi criado em 2017 com o propósito de trabalhar vários tipos de arte. O fascínio pela cultura pop, pelo psicadélico e pelo surrealismo faz parte do seu universo artístico, na forma de sátiras a diferentes temas e conflitos com os quais se confrontam diariamente na sociedade — estiveram, por exemplo, envolvidos na recente polémica do “Manguito” criado em Belém.
São estes conceitos que compõem a exposição na mostra “Saudade do Imaginário”, que reúne obras de diferentes manifestações artísticas como desenho, pintura, escultura e arte digital. A inauguração aconteceu no passado dia 5 de julho, no Núcleo Central do Taguspark. A mostra está patente até 19 de agosto. Num tom humorístico, os Malibu Ninjas afirmam invocar, nas suas obras, uma celebração da vida e um desafio à condição humana, com a intenção de desmaterializar as conceções gerais de formas e seres mundanos.
“Os Malibu Ninjas exploram a importância da expressão artística e de como esta se pode tornar eterna e identitária no trabalho do artista. Questionam o ato de criação como um conjunto de múltiplas decisões, que podem ser conscientes ou inconscientes. Refletem sobre o processo de desconstrução de uma obra de arte a fim de compreender os traços e ideias produzidas conscientemente e os gestos livres e inconscientes que saem pela mão do artista”, lê-se na apresentação da mostra.
A curadora, Beatriz Palma, revela que o coletivo “assume a capacidade de se adaptar a desafios conceptuais e matéricos que afirmam a sua versatilidade artística. Por via de uma linguagem de índole surrealista, pop e psicadélica, gera-se um corpo de trabalho que coloca em evidência a sua individualidade, convidado o visitante a entrar num universo fictício que está alicerçado em experiências e questões, pessoais e coletivas, com os quais lidamos diariamente.”
A exposição insere-se na programação do MAU — Museu de Arte Urbana, que tem por objetivo promover o pensamento crítico e contribuir para o bem-estar de quem visita e trabalha na Cidade no Conhecimento. Pode visitá-la de segunda-feira a sábado, entre as 9 e as 19 horas. A entrada é gratuita.
