É um longo e difícil o caminho que pode levar um filme português até aos Óscares, à restrita lista de nomeados para o prémio de Melhor Filme Internacional, mas esse caminho começa aqui. Na passada segunda-feira, 12 de agosto, a Academia Portuguesa de Cinema revelou os cinco finalistas que irão a votações, para garantir o título de representante oficial do cinema português na competição.
As obras foram escolhidas por um comité composto por profissionais da área. Os membros da academia irão agora votar para decidir qual será o filme que representará Portugal na 97.ª edição dos Óscares, marcada para domingo, 2 de março de 2025, em Los Angeles. A decisão será divulgada na sexta-feira, 19 de janeiro.
“A Flor do Buriti” de João Salaviza e Renée Nader Messora, é um dos escolhidos e conta uma história baseada em relatos históricos e conversas com indígenas. Recebeu um Prémio de Elenco em Cannes. Segue-se “Grand Tour”, de Miguel Gomes, um dos favoritos, sobretudo porque valeu ao realizador o prémio de Melhor Realização no Festival de Cinema de Cannes.
A lista inclui ainda “Manga d’Terra”, do realizador luso-suíço Basil da Cunha, e explora a vida de Rosa, uma jovem cabo-verdiana que tenta a sua sorte em Portugal, deixando os filhos em Cabo Verde. “O Teu Rosto Será o Último” de Luís Filipe Rocha, outro dos escolhidos, centra-se em Duarte, um jovem que enfrenta dificuldades devido ao seu talento extraordinário para tocar piano e às circunstâncias familiares em que cresceu.
Por sua vez, “O Vento Assobiando nas Gruas” adapta o romance de Lídia Jorge, sob a direção de Jeanne Waltz. O filme acompanha Milene, uma jovem que, após a morte da avó, se depara com uma família hostil. Em busca de respostas, Milene encontra uma família cabo-verdiana numa antiga conserveira, onde se apaixona por Antonino Mata.