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Ópera é para todas as idades. “O Polegarzinho” chega a Oeiras este mês

O espetáculo integra a quinta edição do Operafest, realizado pela primeira vez no concelho. Pode vê-lo entre 28 e 31 de agosto.
Há quatro sessões disponíveis.

Palco de inúmeras iniciativas culturais anualmente, este verão os jardins do Palácio Marquês de Pombal vão acolher, pela primeira vez, um festival de ópera. Trata-se do Operafest que, como lhe contámos noutro artigo, celebra, este ano, a quinta edição, com arranque em Oeiras, antes de seguir para outros cenários na capital. 

A nova localização vai receber o evento entre 22 e 31 de agosto, onde o público poderá assistir a dois grandes clássicos deste género musical: “Cavalleria rusticana”, de Mascagni; e “Palhaços”, de Leoncavallo. Inserido na programação, está também um espetáculo especialmente dedicado aos mais novos.

“O Polegarzinho”, um contópera de Isabelle Aboulker, a partir do clássico de Charles Perrault, terá estreia nacional em Oeiras. Promovido pela Companhia de Ópera do Castelo, a versão portuguesa é da autoria de Luís Rodrigues. 

Com a encenação da atriz e encenadora Sandra Faleiro, o espetáculo fará a plateia mergulhar nesta história que tem por base uma atmosfera de sonho, na cenografia perfeita do jardim oeirense, transformada na floresta deste contópera. A direção musical está a cargo de Francisco Sassetti e a guiar os miúdos, solistas (que compõem o ensemble infantil do Operafest) estará a maestrina Rute Dutra. 

“O Polegarzinho é o mais pequeno de todo os irmãos, mas é também o mais esperto e o mais destemido. Enfrentando todos os males, desde logo os próprios pais que os abandonam na floresta, onde todos os perigos espreitam, e em busca de ajuda, acabam por cair no covil do pior predador de todos, o Ogre. No entanto, o jovem consegue salvar toda a família.”, revela a sinopse.

Esta edição, sob o mote do “Instinto fatal”, pretende evocar “a nossa atração irremediável para situações limite, da passagem para um ponto de não retorno que deita tudo a perder e hoje, mais do que nunca, estamos na eminência da nossa total destruição”, refere a produtora Ópera do Castelo.

“É um metáfora para o crescimento em que temos de enfrentar o mundo real, onde nada é o que parece, com o perigo sempre à espreita, e como certos seres humanos, ao contrário de todas as expectativas, conseguem passar, como por magia, por cima dos obstáculos mais intransponíveis, com sorte, coragem, imaginação. É caso para dizer que a coragem e inteligência não se medem aos palmos”, conclui a apresentação. 

O espetáculo, classificado para maiores de cinco anos, tem a duração de 45 minutos. Estará em cena nos dias 28, 29, 30 e 31 de agosto às 21 horas. O valor dos bilhetes é variável: miúdos dos cinco aos 12 anos pagam 7,50€; jovens até aos 30 anos pagam 10€ e adultos pagam 15€. Pode comprá-los online.

A quinta edição do Operafest vai também passar pelo anfiteatro ao ar livre da Fundação Calouste Gulbenkian, pelo auditório Âmbito Cultural, do El Corte Inglés, pelo Trienal de Lisboa, pela Cinemateca Portuguesa e pelo Titanic Sur Mer. Nestes palcos, o público poderá assistir a “Don Giovanni” de Mozart e outros, entre 30 de agosto e 11 de setembro. A programação completa está disponível no site oficial.

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