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Oeiras Parque volta a ser invadido por lixo. Tudo em nome da preservação do meio ambiente

"Art from the sea" é a mais recente exposição patente no centro comercial. Pode visitá-la até 22 de outubro.
Uma mostra impactante.

Infelizmente, não é raro ir até à praia e perceber que há lixo espalhado, tanto pelo areal, como também na água, conseguindo ver-se, por vezes, embalagens e outros elementos a boiar, ou até mesmo trazidos pelas ondas até à beira-mar. É um tema recorrente quando se fala da importância de despertar consciências na sociedade, relacionadas com questões de preservação do meio ambiente.

Sendo a sustentabilidade um dos pilares do Oeiras Parque, como o próprio shopping garante, o centro decidiu unir-se ao coletivo artístico Skeleton Sea — um projeto ecológico de sensibilização ambiental através da arte, criado em 2005, por um coletivo de artistas plásticos e praticantes de surf —, para chamar a atenção de todos os seus visitantes quanto à necessidade de conservar os oceanos e as praias, com uma nova exposição de arte, intitulada “Art from the sea”, constituída por várias esculturas de grandes dimensões, criadas a partir de lixo recolhido nas praias.

Há poucas formas tão eficazes de passar mensagens como expôr, em público, o resultado e as consequências das ações humanas. Fazê-lo de forma artística é um bónus, que ajuda a reforçar a ideia, de forma mais eficaz e com alguma beleza à mistura, mesmo que a matéria-prima utilizada nas obras expostas não seja motivo de orgulho. No fundo, é um lembrete de que somos todos agentes ativos na preservação do planeta.

Com a curadoria da Out Of Office, a mostra, de cariz ecológico, chegou a Oeiras esta quinta-feira, 21 de setembro, “depois de percorrer o mundo”, garante o centro comercial. “Abyss”, “Miss Flip Flop”, “Albatross Exhibitionist”, “Last Tuna II” e “Innocent Victim” são as cinco obras que integram a mostra, incluindo a representação de um “peixe do futuro” e uma instalação com 250 chinelos diferentes.

Da autoria dos artistas Xandi Kreuzeder e João Parrinha, do coletivo artístico Skeleton Sea, todas as peças têm o objetivo de alertar “para a necessidade de mudança da ação humana, tão destrutiva para os oceanos, de modo a garantir que os seres distópicos ali representados, nunca sejam mais do que um produto criativo”, saído da imaginação destes artistas, refere o texto curatorial.

O resultado é, sem dúvida, impactante para quem passe pelo piso 2 do shopping. As obras pretendem também alertar para um futuro, não muito longínquo, “no qual o ecossistema marinho será completamente diferente do que conhecemos atualmente, onde tudo o que resta é o colorido desbotado e inanimado de plásticos abandonados, se não houver cuidados na preservação do mesmo”, refere o centro comercial. 

“Art from the sea” assume-se, portanto, como um veículo de sensibilização para os problemas ambientais e as suas possíveis soluções. É um convite a todos que por lá passem — servindo até como ótimo pretexto para discutir estes temas com os seus filhos —, para que reflitam sobre a urgência de se adotar comportamentos mais sustentáveis, que se dediquem à preservação do ecossistema marinho. Pode visitá-la até 22 de outubro.

Mais uma vez, o Oeiras Parque abre as portas a uma exposição que une arte e sustentabilidade. No último ano, recebeu também a exposição “Mar Vivo” e a obra de grandes dimensões “Waste Wave“.

Carregue na galeria para ver algumas imagens da exposição.

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