O Festival Sete Sóis Sete Luas está de volta ao concelho de Oeiras, entre 24 de junho a 1 de setembro. A 31.ª edição da iniciativa irá decorrer ao longo de pouco mais que dois meses, levando os visitantes numa verdadeira viagem ao mundo mediterrânico e lusófono através de músicos, pintores, teatro e artes de rua, com uma programação marcada pela diversidade cultural.
À semelhança do que aconteceu nas últimas duas edições, o Parque dos Poetas irá receber alguns dos espetáculos, mas a Fábrica da Pólvora mantém-se como cenário principal da iniciativa, que conta com o apoio do Município de Oeiras. A entrada é livre.
O evento, que nasceu em 1993, chegou a Oeiras apenas quatro anos depois, em 1997. Uma relação longa que ganhou ainda mais relevância quando, no ano 2000, o festival encontrou na Fábrica da Pólvora, em Barcarena, um dos seus palcos mais importantes, a nível internacional, beneficiando, segundo a organização, “das excelentes condições logísticas, técnicas e da participação de um público fidelizado.”
Na edição de 2021, tomou também conta de outro espaço oeirense, já que as atividades de teatro de rua foram realizadas no Parque dos Poetas, ampliando, assim, a envolvência geográfica do festival no concelho. Mas, na verdade, este é um evento que ultrapassa fronteiras e atravessa oceanos.
O Festival Sete Sóis Sete Luas orgulha-se de ser, atualmente, um projeto promovido por uma rede cultural composta por 30 cidades de 12 países diferentes do Mediterrâneo e do mundo lusófono, como Portugal, Brasil, Cabo Verde, Croácia, França, Itália, Luxemburgo, Marrocos, Eslovénia, Espanha, Tunísia e Turquia.
De acordo com a organização, “a promoção da arte e cultura com vista à aproximação entre países, cidades e pessoas é o ponto de partida para o festival, que assenta numa estratégia de coesão, descentralização territorial e fusão intercultural. O intercâmbio estabelecido dá origem a um conjunto de sinergias, convidando a uma viagem de descoberta e fruição pelos universos da arte, do folclore, da gastronomia, do património arquitetónico e vernacular das regiões envolvidas, bem como das suas gentes.”
O festival realiza-se, portanto, ao longo do verão, em diversas cidades, de diferentes países. Para Oeiras já é conhecida a programação.
24 de junho (sábado)
21h30 — “Sopla!” com Truca Circus (Analuzia) no Anfiteatro Almeida Garrett, no Parque dos Poetas. Com uma importante carga circense, música ao vivo, um cuidado trabalho coreográfico e alguns personagens misteriosos, “Sopla!” é um espetáculo que decorre num ritmo frenético, em que uma grande variedade de técnicas circenses se cruza com humor.
25 de junho (domingo)
18h30 — “Mute” com Orain-Bi (País Basco) no Anfiteatro Almeida Garrett, no Parque dos Poetas. Uma companhia de circo-teatro de Bilbao que utiliza diferentes disciplinas acrobáticas, como o poste acrobático e o mano-mano.
30 de junho (sexta-feira)
18 horas — Inauguração da exposição de pintura “Sancho el Quijote & Quijote el Sancho”. Um mostra internacional itinerante, que reúne 30 obras de pequeno formato de 30 artistas internacionais, entre pintores, escultores e fotógrafos, sobre o tema universal do livro de Miguel de Cervantes “Dom Quixote de La Mancha”, na Fábrica da Pólvora. Está patente até 3 de setembro.
21h30 — Música do sul da Itália com Carlo Faiello, que traz o espetáculo “As Danças de Dioniso”, uma performance concentrada nos ritmos de Nápoles e de toda a área do Mediterrâneo, na Fábrica da Pólvora.
7 de julho (sexta-feira)
21h30 — “Ombligo” (Espanha). Em 2016, Anika (violino, voz e charango) e Angel (guitarra, voz e silbido), conheceram-se num parque em Madrid e, improvisando com uma guitarra e uma garrafa, deram vida a um projeto musical que levou à formação do grupo. O espetáculo acontece na Fábrica da Pólvora.
14 de julho (sexta-feira)
21h30 — “7 Luas 23 Med Ensemble” (Cabo Verde, Espanha, França, Itália, Portugal) é o novo projeto musical original que reúne seis prestigiados músicos, que não falam o mesmo idioma, mas trabalham juntos graças a linguagem universal da música. Decorre na Fábrica da Pólvora.
21 de julho (sexta-feira)
21h30 — “AYWA” (Marrocos/França). As raízes da música tradicional do Magreb, a combinação dos ritmos dos Balcãs, Hindustani, Raï e Gnawa com a música moderna amplificada cria uma energia forte de festa e de encontro, que vai contagiar o público na Fábrica da Pólvora.
28 de julho (sexta-feira)
21h30 — “Acquaragia Drom” (Itália) é um dos grupos históricos da música popular italiana. A tammurriata Sinti, do Vesúvio, a música e a serenata do povo Rom de Molisani, a tarantella dos músicos do Salento e os ritmos do swing proporcionam enorme interação com o público. Decorre na Fábrica da Pólvora.
4 de agosto (sexta-feira)
21h30 — Mario Incudine (Sicília) é um ator, cantor, músico e compositor italiano. Digno herdeiro da grande tradição dos “canta-histórias” sicilianos, já participou em centenas de concertos de música popular em todo o mundo. Para ver na Fábrica da Pólvora.
11 de agosto (sexta-feira)
21h30 — “La Réunion Kreol 7S7L Band”. A música é parte importante da alma de La Réunion e inspira-se nas diferentes culturas do Oceano Índico. Este novo projeto musical é dirigido pelo conhecido cantor e trompetista Bernard Joron do grupo Ousanousava, o mais famoso e internacional da ilha. Acontece na Fábrica da Pólvora.
18 de agosto (sexta-feira)
21h30 — “Loccisano-Corapi Quartet” (Calábria) traz um espetáculo pleno de energia, onde o cante, a “chitarra battente”, os bailes, as percussões e os instrumentos de sopro tradicionais são os grandes protagonistas. Decorre na Fábrica da Pólvora.
25 de agosto (sexta-feira)
21h30 — “Manatapu” (Malta) é uma banda, formada em 2012, composta por seis músicos e inspira-se numa série de sons e géneros que vão do folk ao rock, do funk ao blues, da música popular ao hip-hop. A banda apresenta um repertório multilingue, em maltês, espanhol, francês e inglês. Para ver na Fábrica da Pólvora.
1 de setembro (sexta-feira)
21h30 — “Med Luso 7Sóis Band” (Brasil, Espanha, França, Itália, Portugal) que reúne seis músicos,que desenvolvem um repertório original inspirado nos ideais iluministas do Festival Sete Sóis Sete Luas e com criação musical de acordo com as tradições de cada músico. Realiza-se na Fábrica da Pólvora.
Pode encontrar mais informações sobre o festival no site ou na página de Facebook. A entrada é gratuita mas limitada aos lugares disponíveis (e recomendada a maiores de seis anos). Para mais informações pode contactar o número 214 408 565 ou o email carlos.pinto@nulloeiras.pt.