Em 12 anos de carreira, Avicii lançou temas emblemáticos da música eletrónica como “Wake Me Up”, “The Nights”, “Waiting For Love”, “Levels”, “Hey Brother” e “Without You” — todos eles com mais de mil milhões de streams. Em 2018, suicidou-se durante umas férias em Omã, no Médio Oriente.
A história do artista de 28 anos é agora contada num novo documentário da Netflix. “Eu, Tim”, estreou esta terça-feira, 31 de dezembro, na plataforma de streaming.
A obra acompanha a vida do produtor Tim Bergling, desde a sua infância e adolescência passada em Estocolmo até à fama global. O narrador é o próprio artista, algo que apenas foi possível graças à Inteligência Artificial.
“Quando determinei que ele seria o narrador dessa história, pensei que talvez fosse assim que eu poderia ficar perto dele”, disse Henrik Burman, o realizador, à “Billboard. “Talvez seja assim que eu possa conhecê-lo.”
Burman começou a trabalhar no projeto em 2019, pouco tempo após a morte de Avicii. Graças à bênção dos pais, teve acesso total aos extensos arquivos do sueco.
Nos vídeos, encontrou conversas do produtor durante diferentes períodos da sua carreira, incluindo algumas entrevistas dadas na reta final da sua vida. Também refletiu sobre a decisão de parar de fazer digressões, em 2016 e os problemas com o abuso de álcool.
O vício acabou por levar ao desenvolvimento de pancreatite e ao declínio da sua saúde, o que é aparente em algumas cenas em que o músico aparece extremamente magro. No auge da carreira, também desenvolveu um vício em opiáceos.
Ao lado da sua equipa, Burman trabalhou “como um louco” para construir um filme de 1h36 sobre a vida e carreira de Tim. O desfecho já é conhecido e, por essa razão, o documentário tem alguns momentos mais sombrios.