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Jorge Palma vai dar um concerto gratuito para celebrar o 25 de abril em Oeiras

A NiO reuniu as atividades que poderá fazer durante esta semana para festejar os 51 anos da Revolução dos Cravos.
Há várias atividades.

O 25 de abril de 1974 foi o dia que ditou o fim da ditadura que durava há 48 anos em Portugal. Por ser considerado um ponto de viragem, este feriado é celebrado em todo o País com atividades culturais para assinalar a sua importância.

O concelho de Oeiras não é exceção e muitos são os eventos gratuitos que poderá aproveitar esta semana no âmbito dos 51 anos da Revolução dos Cravos. A New in Oeiras reuniu as atividades que vão desde exposições, momentos musicais, debates e apresentações de livros. Alguns deles vão estender-se até 2026.

Conheça a programação completa dividida por várias áreas.

Literatura e cinema

22 de abril, às 21h30 “Nómadas em pensamento — A paz e a guerra no séc. XXI O drama dos refugiados”, no Templo da Poesia, no Parque dos Poetas.

Trata-se de uma conversa entre os moderadores Nicolau Santos e Paulo Mendes Pinto com os convidados Francisco Rocha Gonçalves, Lisa Matos e Teresa Cravo, que vão discutir e abordar o tema dos refugiados e dos direitos humanos. “O século XXI tem vindo a ser marcado por avanços tecnológicos, globalização e uma crescente interdependência entre nações. Paradoxalmente, a paz é constantemente desafiada por conflitos armados e violações dos direitos humanos, gerando milhões de refugiados em todo o mundo, que buscam segurança”, pode ler-se na sinopse.

A iniciativa vai decorrer no Templo da Poesia, mas também será transmitido online no Facebook do Município de Oeiras e das Bibliotecas Municipais de Oeiras. Como premissa da conversa está a crise dos refugiados, que “revela a falha da comunidade internacional em resolver as causas profundas dos conflitos e da instabilidade, o que exige uma reflexão profunda sobre as responsabilidades globais. O acolhimento dos refugiados e a garantia de condições dignas para as suas vidas é uma medida de humanidade, mas também um reflexo de uma comunidade internacional disposta a atuar de maneira conjunta para alcançar a paz”. 

26 de abril, às 15 horas — Exibição do documentário “Aqueles que ficaram (em toda a parte todo o mundo tem)”, no Templo da Poesia, no Parque dos Poetas.

Com a apresentação da autora e realizadora do documentário, a iniciativa apresenta uma longa-metragem inspirada no tema de tese de doutoramento, “Os impactos da ditadura nas famílias dos opositores políticos”, de Marianela Valverde. Segundo a autora, “neste filme, 28 entrevistados, familiares de opositores políticos do Estado Novo, retratam as suas formas de resistência ao cárcere das privações materiais e emocionais, tantas vezes sem idade para entender as abruptas mudanças do seu quotidiano.”

26 de abril, às 15 horas — Lançamento do livro “Onde estavas no 25 de abril?”, na Biblioteca Municipal de Oeiras. A obra é uma edição Livros de Oeiras e apresenta relatos de elementos dos Grupos de Leitores das Bibliotecas Municipais de Oeiras sobre o dia 25 de Abril de 1974.

Música

24 de abril, às 21h30 Concerto de Camané, no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide.

O cantor vai homenagear José Mário Branco em nome próprio e com um repertório totalmente exclusivo. Segundo a organização, no espetáculo o artista “canta grande parte dos fados que José Mário Branco fez para Camané, como entra dentro do repertório de José Mário Branco cantando os temas significativos para si. O concerto terá o trio habitual de guitarras que acompanha Camané, mas haverá outras instrumentações e outras core musicais fora da sonoridade do fado que irão complementar todas estas canções.”

Apesar da entrada ser livre, haverá uma distribuição de senhas, para duas pessoas, na bilheteira do Auditório, entre as 19 horas e as 21h30 do dia do concerto.

25 de abril às 21h30 — Concerto de Jorge Palma, no Auditório Municipal Ruy de Carvalho, em Carnaxide. 

Num concerto que ficará marcado pelos grandes temas do artista como “Frágil”, “Deixa-me Rir”, “Dá-me Lume” ou “Encosta-te a mim”, Jorge Palma vai fazer-se acompanhar de Vicente Palma, Pedro Vidal, Nuno Lucas e João Correia, elementos da banda, composta por guitarra acústica e teclas, guitarra elétrica, baixo e bateria. 

Apesar da entrada ser livre, haverá uma distribuição de senhas, para duas pessoas, na bilheteira do Auditório, entre as 19 horas e as 21h30 do dia do concerto.

23 de abril, às 21h30 — Coro Comunitário : A Capela e o Povo, na Escola Secundária Luís de Freitas Branco, Paço de Arcos. 

No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974 foi constituído, em 2024, um coro comunitário com o intuito de se realizar um concerto de música coral com peças pertencentes ao cancioneiro revolucionário. Neste concerto serão apresentados temas que incluem músicas que marcaram a resistência ao Estado Novo.

Exposições e murais

de 11 de abril a 9 de agosto, das 11 às 17 horas — “Exposição ‘Sentir a Revolução”, no Centro Cultural Palácio do Egito, em Oeiras. 

De acordo com a organização, a mostra “leva os visitantes pelo ambiente e sons dos acontecimentos que conduziram Portugal ao 25 de abril de 1974. Desde a longa repressão do Estado Novo, à Primavera Marcelista, sobrevoando a guerra em África e apresentando as questões corporativas dos Oficiais Milicianos que serviram de gatilho à saída dos militares para a rua, alimentados pela vontade de inventar um outro destino para Portugal”.

25 de abril, às 16 horas Inauguração do mural “Verão Quente” Passeio da Democracia, no Passeio Marítimo de Oeiras, junto à Praia de Santo Amaro. 

Da autoria de Mafalda Gonçalves, artista plástica, o ano passado foi, no mesmo local, inaugurado o ‘Passeio da Democracia’ com o primeiro de quatro murais intitulado “Testemunho da Revolução”. Este ano, em 2025, vai ser inaugurado o segundo painel, alusivo ao 11 de março e ao período conhecido por Verão Quente de 1975.

Para completar os quatro murais sugeridos, serão ainda apresentados um que retrata o 25 de Novembro e outro alusivo ao 25 de Abril de 1976, que recorda a entrada em vigor da Constituição da República Portuguesa.

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