O sonho de qualquer banda é, certamente, que o maior número de pessoas conheça a sua música. Tocar em grandes eventos musicais para um público com milhares de espectadores, é um objetivo que todos querem concretizar, mas nem sempre conseguem.
É nestes momentos que se revela a importância de eventos como o Oeiras Band Sessions, que dá palco a novos talentos e bandas que merecem mais notoriedade e reconhecimento. Este ano realizou-se mais uma edição do lendário concurso, organizado pelo Nirvana Studios e pela Câmara Municipal de Oeiras, que tornou real o sonho de uma delas.
A final do Oeiras Band Sessions 2022 aconteceu no passado sábado, dia 4 de junho, nos Nirvana Studios. Dirt Cult, Fake ID e Redo compunham o trio de bandas finalistas, que tocaram ao vivo e foram avaliadas por um júri e pelo público. Com muita energia, as três contagiaram quem esteve presente, mas só uma venceu. Dirt Cult conquistou o primeiro lugar na 13.ª edição do concurso. Em segundo lugar ficou a Redo e a banda Fake ID ocupou o terceiro lugar do pódio.
A vitória no concurso representa um enorme passo na carreira do grupo criado em 2018. Miguel Marques é o membro fundador, a par com um amigo que, infelizmente, já faleceu. Para homenageá-lo, Miguel decidiu continuar e atualmente são quatro os elementos que compõem a banda: Miguel Marques (bateria), Ruben Marques (baixo), André Cardoso (guitarra) e Kátia Baptista (voz).
Assumindo-se como uma banda de rock mais pesado, a Dirt Cult escolheu este nome por querer criar, precisamente, um culto à volta dos concertos de música rock ao vivo. “O rock é para ser rebelde, para ser sentido no momento, particularmente ao vivo”, explica Miguel Marques à New in Oeiras.
Foi deste conceito que surgiu a ideia de participar no concurso. “Decidimos participar sem qualquer pretensão. A música é feita para ser tocada e nós aproveitamos todas as oportunidades para tocar, em todos os sítios onde possamos mostrar o trabalho que está a ser feito. A Oeiras Band Sessions era mais uma oportunidade de fazê-lo”, conta Miguel.
Este reconhecimento na competição deixou a banda bastante surpreendida, mas muito feliz. À NiO, Miguel confessa: “Não estávamos mesmo à espera. Até porque gostámos imenso das músicas de uma das outras bandas e estávamos convencidos que eram eles que iam ganhar. Mas ficámos muito felizes”.
Um dos prémios do concurso era uma atuação no festival NOS ALIVE e assim vai acontecer. A banda ainda não sabe qual será o dia, mas pode acompanhá-la através das páginas de Instagram e Facebook para ficar a par.
Outro dos prémios da competição era ganhar uma sala de ensaios exclusiva, com a possibilidade de utilização 24 horas por dia, durante seis meses. À NiO, Miguel Marques garante que tudo o que conquistaram com o concurso será mais uma forma de divulgar o trabalho que têm realizado e conseguir fazê-lo chegar a um público muito mais alargado.
“Esta competição é uma mostra muito importante, uma oportunidade única de mostrar a mais pessoas o material que temos. Tocámos três músicas no Oeiras Band Sessions, mas temos muitas mais para mostrar”, revela o músico.
Uma das regras de participação no concurso era que, pelo menos, um dos elementos de cada banda pertencesse ao concelho de Oeiras. No caso da Dirt Cult esse requisito é preenchido pelo guitarrista André Cardoso. Outro dos prémios que conseguiram conquistar com a vitória, foi a possibilidade de tocar no palco principal das Festas de Oeiras, a 11 de junho, mas por motivos relacionados com a Covid-19, a banda ainda não sabe se será possível.
Além das redes sociais, pode acompanhar os Dirt Cult no site bandcamp, onde estão disponíveis as músicas do EP em formato digital, lançado no início de 2021.