Foi no final de outubro de 2020 que os jardins do Taguspark receberam a primeira instalação do conceituado artista Bordalo II. O “Esquilo Colorido” foi uma das primeiras obras a serem incluídas no roteiro de arte urbana do maior parque de ciência e tecnologia do País.
Agora, é possível ver mais uma obra que também pertence à série de trabalhos “Big Trash Animals” do artista urbano. Todas as suas instalações são construídas a partir de lixo, como forma de chamar a atenção para um dos principais problemas da atualidade, relacionado com a produção de lixo, o desperdício, a poluição e os seus efeitos no nosso planeta.
A novidade consiste numa perdiz e quatro perdigotos. A obra “Plastic Partridges” pode ser visitada diariamente junto ao Edifício Tecnologia III. Também foi construída com materiais em fim de vida, como para-choques acidentados, contentores do lixo queimados, pneus, eletrodomésticos, entre outros. Muitos destes componentes foram encontrados em terrenos baldios, fábricas abandonadas ou obtidos diretamente a empresas.
O esquilo gigante encontra-se junto ao Edifício Qualidade A, também nos jardins. Bordalo II é o pseudónimo de Artur Bordalo, um artista plástico nascido em Lisboa em 1987, neto do pintor Artur Real Chaves Bordalo da Silva, conhecido como Bordalo.
Mas não são só as obras do artista urbano que podem ser encontradas no Taguspark. O centro empresarial criou o M.A.U. — Museu de Arte Urbana, ainda em desenvolvimento, conta com obras de vários artistas plásticos portugueses. Youthone, Gonçalo Mar, The Caver, Styler e Clou Bourgard, por exemplo, transformaram cerca de 15 paredes de garagens utilizadas por funcionários de empresas do Taguspark, através de graffiti. O artista plástico OSIR, por outro lado, também criou um animal.
Um dos exemplos mais recentes de obra de arte urbana foi colocada nos lagos do jardim no núcleo central do centro. Trata-se de um pato gigante feito de espelhos. A escultura chama-se IN’DUCK’TION e é mais um projeto inserido no #REFLETE, no qual este artista apresenta trabalhos feitos com materiais poucos explorados e menos vulgares neste género de arte urbana.
Se costuma frequentar o Taguspark, também já deverá ter visto a instalação de madeira do coletivo Rethorica Studio, nos jardins do núcleo tecnológico. Ao todo, são três intervenções, apesar de duas delas funcionarem como uma só. Constituído por 200 quadrados de madeira, concretiza-se na rotação de cada quadrado em torno de um plano diretor, criando a ilusão de uma curva.
Existe ainda a nova escultura com o rosto de Nelson Mandela. O busto, de madeira e poliéster revestida a aço inox cromado, é uma homenagem a esta figura marcante da história mundial e na defesa dos direitos humanos, da liberdade e da democracia. Da autoria de Clo Bourgard, pode ser visitado todos os dias na Praça Nelson Mandela, junto ao Núcleo Central. A escultura é uma cabeça espelhada com dois metros de altura. O objetivo é observar esta figura, ao mesmo tempo que nos observamos a nós.