O concerto estava marcado para as 17 horas desta quinta-feira, 6 de julho, primeiro dia do NOS Alive. Uma hora antes, os Bombazine já estavam no backstage, em preparação para aquele que seria o terceiro concerto da banda. O primeiro aconteceu há pouco mais de um mês, a 3 de junho, nos Nirvana Studios, em Barcarena, quando se tonaram os vencedores do concurso Oeiras Band Sessions.
“Estávamos mais nervosos nesse dia do que hoje para tocar aqui no Alive”, confessaram. A explicação é simples e não se deve apenas à ansiedade de ser a final de um concurso que desejavam ganhar: era a primeira vez que tocavam para um público ao vivo. Uma experiência que se repetiu logo dois dias depois, a 5 de junho, quando subiram ao palco das Festas de Oeiras, um dos prémios do concurso, a par com a possibilidade de terem uma sala de ensaios disponível 24 horas por dia, durante seis meses nos Nirvana Studios.
Ainda assim, não há como negar que o terceiro prémio era, possivelmente, o mais desejado: a possibilidade de tocarem num dos maiores festivais de música do País. Para os cinco membros da banda — Vasco Granate (30 anos) como vocalista e guitarrista, Filipe Andrade (30 anos) no baixo, Manuel Figueiredo (28 anos) nas teclas, Manuel Granate (29 anos) na bateria e Manuel Protasio (28 anos) na guitarra — seria um sonho tornado realidade.
“Ganhar o Oeiras Band Sessions foi uma surpresa e um orgulho, ainda para mais dando-nos a possibilidade de vir tocar neste palco”, conta Manuel Granate, nos bastidores do concerto. Para o colega Filipe Andrade, “ainda não caiu ainda a ficha do que se está a passar, acho que só quando subir ao palco é que vem tudo cá para fora”.
Nos minutos que antecederam o concerto, todos sentiam que estavam a viver algo único. Encontrámo-los descontraídos e animados para o que estava por vir. “Sinto que foi tudo muito rápido, num minuto estávamos a tocar em Oeiras e a seguir estamos aqui no palco Heineken. Sinto-me agradecido e muito contente por ter esta oportunidade”, afirma Manuel Figueiredo.
Já Manuel Protasio garante que nunca pensaram chegar a este patamar de reconhecimento em tão pouco tempo. “Não estávamos à espera de, dois meses depois de lançar um trabalho de originais, tocarmos aqui num dos grandes festivais de música em Portugal. É aproveitar e divertirmo-nos”.
O EP “Grã-Matina” foi lançado a 21 de abril de 2023, com seis músicas. Todas elas tiveram os seus minutos de fama em cima do palco Heineken do NOS Alive. “Achávamos que só íamos tocar 20 minutos. Mas afinal é meia hora e isso permite-nos apresentar o nosso EP na íntegra”, sublinha Vasco Granate, que garante ser muito importante partilhar este momento com quem os ajudou a construir o disco.
A acompanhá-los estavam dois convidados surpresa. “Joao Sampaio é o nosso produtor, está muito envolvido no disco, vai fazer backing vocals, percussões e guitarra acústica. E chamámos também outro amigo de longa data, o Fernão Biu, que também nos ajudou a gravar o EP, vai tocar sopros e percussões”.
Dentro do camarim, alguns membros aproveitavam para aquecer a voz ou afinar os instrumentos. No espaço exterior, brindavam ao concerto e foi ali que contaram à New in Oeiras, entre fotografias para mais tarde recordar, que têm a esperança de que este concerto lhes traga mais visibilidade e “oportunidades para tocar noutros sítios”.
O poder da amizade, dentro e fora do palco, é o que a banda defende. Mesmo antes de começar o espetáculo, reuniram-se num abraço coletivo, certos de que estavam a viver um momento inesquecível e que vai ficar na memória de cada um. Os outfits foram também pensados ao pormenor: “Quisemos todos trazer camisas divertidas”.
E assim, entre companheirismo e looks com diferentes padrões, subiram ao palco perante uma plateia que há largos minutos gritava “Bombazine! Bombazine!”. Explicaram-nos que tinham vários amigos na plateia, que não quiseram deixar de ir dar apoio e assistir àquele que seria o maior concerto da banda até então. O entusiasmo estava em altas e o público respondeu da melhor forma ao espetáculo. Assim que tocaram os primeiros acordes, ouviu-se o público a vibrar.
A plateia do Palco Heineken, o segundo maior do NOS Alive estava bem composta, mesmo sendo o primeiro concerto do dia naquele espaço. No meio das dezenas de pessoas que não conseguiram ficar paradas a ouvir as músicas da banda, encontrámos algumas com acessórios a rigor, como bonés com o nome dos Bombazine.
“Somos uma banda de grooves portugueses, atlânticos, ritmos dançáveis, que possa chegar a pessoas com vários tipos de gosto. Queremos que as pessoas batam o pé e curtam”, referiram antes do concerto. Podemos confirmar que foi precisamente isso que acontecer. No final, o nome da banda já não estava a ser chamado apenas por pessoas conhecidas, mas por um público maior, que ficou a conhecer o grupo e que irá, a partir de agora, acompanhar o seu percurso.
O concerto durou exatamente meia hora: “O tempo certo para conseguirmos tocar todas as músicas do EP”. No final, era altura de arrumar os instrumentos e respirar fundo, com a certeza que o concerto marca o início de uma nova caminhada. E contaram-nos, ainda a quente, mal saíram do palco, como correu a experiência. “Foi tudo surreal, a adrenalina estava no alto. Não estávamos a espera que viesse tanta gente, às cinco da tarde, tanta gente a gritar o nosso nome, estamos muitos contentes”.
“Queremos agradecer a toda a gente. Foi épico. Foi o concretizar dum sonho, e agora é olhar para a frente, arranjar mais concertos e continuar a fazer a nossa musica, sempre à procura de novos gigs. Acaba por ser uma porta para outras oportunidades que possam surgir, pessoas do meio que nos possam ver e conhecer. É um ponto alto, mas temos que continuar a trabalhar. E, claro divertirmo-nos a fazer musica e agarrar todas as oportunidades que surgirem”, concluem.
A banda está presente em todas as plataformas musicais, onde pode ouvir por inteiro o EP “Grã-Matina”. Siga também a página da banda no Instagram para ficar a par de todas as novidades.
De seguida, carregue na galeria para ver imagens dos bastidores e do concerto dos Bombazine no NOS Alive.
