A exposição “Mãos de Mestre — Mestre Gilberto Grácio, O Legado de Um Guitarreiro”, em homenagem àquele que dedicou toda a vida à construção de instrumentos musicais, está aberta ao público no Palácio do Egipto, em Oeiras, até dia 13 de maio. Paralelamente, a mostra integra um conjunto de atividades, para adultos e miúdos — todas gratuitas.
A próxima acontece já este sábado, 6 de maio, para miúdos a partir dos seis anos, acompanhados por um adulto. Trata-se da “Oficina Mãos de Mestre”, que vai levá-los numa viagem de exploração pela música acústica. Lascas Div, o formador, dá a conhecer diversos instrumentos que são depois experimentados pelos mais pequenos.
O objetivo é perceber o que é uma caixa de ressonância e como se propaga o som. No final, e depois de experimentarem instrumentos de vários materiais diferentes, os miúdos vão poder construir um kazoo, um pequeno instrumento de sopro.
A oficina está marcada para as 15 horas e tem a duração de 60 minutos. A participação na atividade é gratuita mediante inscrição através do email ccpegipto@nulloeiras.pt.
Quem foi Gilberto Grácio?
Gilberto foi o último artesão da reconhecida família Grácio, três gerações de construtores de instrumentos musicais, cujo nome ficará para sempre marcado na história da guitarra portuguesa. Gilberto aprendeu este ofício com o seu pai, aos 12 anos, dando continuidade ao trabalho que já era do seu avô. O jovem Gilberto afiava as ferramentas e foi, aos poucos, aprendendo a conhecer as madeiras, material muito utilizado na construção de instrumentos de corda. Com 17 anos construiu o seu primeiro instrumento, uma viola.
Era apaixonado por fado e tocava viola e bandolim, mas a construção e afinação dos instrumentos veio sempre em primeiro lugar. Das suas mãos saíam guitarras portuguesas e violas, adquiridas por músicos profissionais, como Carlos Paredes e António Chaínho.
De acordo com o Museu do Fado, são mais de 1000 os instrumentos construídos por Gilberto Grácio. Chegou a criar uma oficina de formação, para transmitir a sua arte a quem quisesse aprendê-la. Vários músicos ligados ao fado, garantem que o timbre e sonoridade especial das guitarras de Gilberto Grácio não têm comparação.
É esse legado, instrumentos e trajetória do mestre que pode conhecer na exposição que está aberta ao público até dia 13 de maio, de terça-feira a sábado, das 11 às 17 horas, no Palácio do Egipto, que fica na Rua Álvaro António dos Santos 10, em Oeiras. A entrada é livre.
Carregue na galeria para saber como correu a última oficina dedicada aos miúdos e o que pode esperar na próxima.