Está aberta ao público desde dia 3 março, no Palácio do Egipto, em Oeiras, a exposição “Mãos de Mestre – Mestre Gilberto Grácio, O Legado de Um Guitarreiro”, em homenagem àquele que se dedicou toda a vida à construção de instrumentos musicais, um ofício que aprendeu com 12 anos com o seu pai, dando continuidade ao trabalho que já era do seu avô.
Gilberto foi, assim, o último artesão da reconhecida família Grácio, três gerações de construtores de instrumentos musicais, cujo nome ficará para sempre marcado na história da guitarra portuguesa. Gilberto era apaixonado por fado e tocava viola e bandolim, mas a construção e afinação dos instrumentos veio sempre em primeiro lugar.
Das suas mãos saíam guitarras portuguesas e violas, adquiridas por músicos profissionais, como Carlos Paredes e António Chaínho. De acordo com o Museu do Fado, são mais de mil os instrumentos construídos por Gilberto Grácio. Chegou a criar uma oficina de formação, para transmitir a sua arte a quem quisesse aprendê-la. Vários músicos ligados ao fado, garantem que o timbre e sonoridade especial das guitarras de Gilberto Grácio não têm comparação.
É esse legado, instrumentos e trajetória do mestre que pode conhecer na exposição que está aberta ao público até dia 13 de maio. Até lá, pode também participar nas iniciativas previstas no âmbito da mostra. É que além de pretender honrar a memória de Gilberto Grácio, a exposição integra um conjunto de atividades, para adultos e miúdos. São todas gratuitas, mas requerem inscrição prévia através do email ccpegipto@nulloeiras.pt.
Nos dias 1 e 29 de abril (ambos sábados) irá realizar-se, às 15 horas (com a duração de uma hora), a oficina “Mãos de Mestre”, destinada a miúdos a partir dos seis anos, acompanhados por um adulto, onde vão poder aprender as bases de construção de um instrumento musical. Já no dia 22 de abril, sábado, vai realizar-se mais uma “Conversa Musicada” sobre a Guitarra de Lisboa, com António Parreira (guitarra), Ricardo Parreira (guitarra) e Rogério Ferreira (viola de fado). A tarde será passada entre música e histórias.
A exposição pode ser visitada até dia 13 de maio, de terça-feira a sábado (encerra aos feriados), das 11 às 17 horas, no Palácio do Egipto, que fica na Rua Álvaro António dos Santos 10, em Oeiras. A entrada é livre.
Carregue na galeria para conhecer alguns espaços da mostra e como foi a primeira “Conversa Musicada” que decorreu no passado dia 18 de março.
