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“É uma luta diária”: Colin Farrell fala sobre a doença rara do filho de 20 anos

O ator lançou uma associação para apoiar pessoas com o mesmo problema de James, que foi diagnosticado aos dois anos e meio.
Já pode fazer uma doação.

Quando tinha apenas dois anos e meio, James, o filho de Colin Farrell, foi diagnosticado com paralisia cerebral. Mais tarde, os médicos descobriram que o miúdo sofria ainda de Síndrome de Angelman, uma patologia que afeta o desenvolvimento neurológico. Convulsões, dificuldade na fala e problemas de sono são alguns dos sintomas.

Perante as dificuldades que a família atravessou nos anos seguintes, o ator decidiu criar uma associação para apoiar pessoas que têm o mesmo problema de James — que tem agora 20 anos. A notícia foi revelada pelo próprio durante uma conversa com a revista “People”, esta quarta-feira, 7 de agosto. Foi a primeira vez que falou sobre a situação do filho. “Só estou a falar porque não lhe consigo perguntar se ele também o quer fazer”.

Farrell acrescentou: “Falo com ele como se tivesse 20 anos e ele tem uma fluência perfeita com o inglês e uma capacidade cognitiva que vai ao encontro da idade dele. Mas não consigo extrair uma resposta dele para perceber se ele está confortável com isto ou não. Tomei esta decisão porque conheço o espírito dele, sei que é um jovem com um bom coração e que quereria isto”.

As convulsões do filho são a parte mais difícil da patologia. Segundo o pai, James não tem um episódio há dez anos, mas já teve de o levar para o hospital várias vezes. O ator de 48 anos sabe o quão difícil é para os pais obterem ajuda, especialmente nos Estados Unidos. Apesar de ter “meios para o ajudar”, também ele tem dificuldades em “arranjar-lhe o apoio que merece”. 

A Colin Farrell Foundation é, no fundo, uma homenagem a James. Ao ver o miúdo crescer, Colin Farrell percebeu que “a vida humana é uma maravilha” e começou a sentir-se mais grato por não ter nenhum problema de saúde. “Vê-lo a sofrer fez com que eu valorizasse coisas que antes tomava como garantidas”, lamenta.

“É uma luta diária. Quero que o mundo seja simpático para ele e que o trate com respeito.”

As doações para a nova associação já podem ser feitas online.

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