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Ator brasileiro Pedro Cardoso traz a comédia “O recém nascido” a Oeiras

A peça está em cena no Teatro Independente de Oeiras, às sextas e sábados, até dia 25 de maio.
O texto e encenação são também de Pedro Cardoso.

Depois do sucesso no Brasil, a comédia “O recém nascido” chega a Portugal, mais precisamente ao Teatro Independente de Oeiras (TIO), onde estará em cena até dia 25 de maio. No palco estará o ator brasileiro Pedro Cardoso, um rosto bem conhecido do público português. 

Durante 15 anos, interpretou a personagem Agostinho Carrara na série de humor “A Grande Família”, que estreou em 2001 na Globo, tornando-se uma mais populares da televisão brasileira. Com esse trabalho, conquistou por quatro vezes o Prémio Qualidade Brasil de melhor ator de comédia e foi nomeado ao Emmy Internacional na mesma categoria, em 2008.

Agora, fora do ecrã, é no palco oeirense que poderá assistir ao talento do artista, às sextas e sábados, às 21h30. Além da protagonizar a peça, Pedro Cardoso é responsável pelo texto e pela encenação da mesma. Esta torna-se, assim, na 91.ª produção do Teatro Independente de Oeiras, que, ao longo dos últimos 34 anos, tem criado espetáculos próprios, mas também recebido diferentes artistas e companhias nacionais e internacionais.

O ator brasileiro não esconde a felicidade de estar, novamente, em cena neste palco. “Com ‘O recém nascido nascido’ renovarei o profundo gosto de apresentar mais um espetáculo de teatro em Portugal, no ultra simpático Teatro Independente de Oeiras”, casa sob a direção de Carlos d’Almeida Ribeiro, que merece o contínuo apoio da autarquia do município. Tenho trabalhado nesta casa faz já uns bons anos”, conta Pedro. 

“A pequena sala do teatro de Oeiras, por conta da sua direção artística, tem acolhido amostras culturais da imigração brasileira, no que demonstra grandeza intelectual e ampla visão da História. (…) Na medida do alcance do gesto, a receptividade do TIO à novidade cultural, merece elogios”, aponta o ator, que divide a sua residência entre Brasil e Portugal há mais de dez anos.

Para o TiO, é também um orgulho e privilégio receber novamente o artista brasileiro. “Não é a primeira vez nem será a última, pois esta é a sua casa artística em Portugal e nós fazemos questão disso mesmo. Pedro Cardoso é um genial ser humano, dono de uma inteligência brilhante e rara, um autor sagaz, de espírito crítico afiado e contundente e os seus textos, sempre fenomenais, cheios de códigos, mensagens, reflexivos e muito humorados. Tanto mais inteligente se é, quanto mais se alia a comédia/humor aos temas abordados em palco”, refere Carlos d’Almeida Ribeiro, diretor do TIO.

“É pois, um enorme gosto receber, pela sexta vez, esta pérola de criatividade e inteligência que não só dignifica a nossa sala como eleva o público que nos brinda com a sua presença”, conclui. 

Quanto à peça, lemos na sinopse: “Quem se lembra do próprio nascimento? Ninguém. Mas eu lembro-me do meu. Lembro-me de todos os detalhes; do meu nascimento e da minha infância. E posso garantir: eu era muito mais feliz antes de nascer! Vida boa era a minha quando eu estava guardado ainda dentro da minha mãe! Silêncio, sossego, serviço de quarto… Aqui fora: barulho, bagunça, bando de ladrões… Eu sinto-me exilado no mundo. Mas se viver não tem remédio, temos ao menos o consolo da comédia”, refere a sinopse da peça. 

O espetáculo, classificado para maiores de 14 anos, tem a duração de 75 minutos. Estará em cena até dia 25 de maio. O bilhete custa 16€ e pode adquiri-lo online e nos locais habituais, assim como na bilheteira do TIO, nos dias de espetáculo, entre as 20h30 e as 21h30. Para mais informações pode enviar email para bilheteira@nullteatrodeoeiras.com.

Esta é uma peça com que o público se vai, certamente, identificar. Nesse sentido, Pedro Cardoso deixa um convite aberto a todos: “Ansioso de me encontrar culturalmente com meus irmãos falantes do português, venho expor o espetáculo a todos que estejam em Portugal. Espero encontrar na plateia portugueses, brasileiros, angolanos, moçambicanos, cabo-verdianos e quem mais, de qualquer nação, fale o português. Faço comédia pela ambição de nos alegrarmos e dissuadir o receio do convívio. Que venham todos”. 

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