Até podem não estar incluídos em alguns kits de emergência, mas quando os portugueses foram surpreendidos com o apagão que deixou o País às escuras esta segunda-feira, 28 de abril, tornou-se num dos artigos mais valiosos. Falamos, claro, dos rádios a pilhas, que fizeram companhia a muitos durante as falhas nas comunicações, sendo, na maioria dos casos, o único meio para se manterem informados das notícias.
É certo que a maior parte precisou de vasculhar (e bem) os baús no sótão, onde provavelmente estavam guardados estes equioamentos, até então considerados antiquados. Afinal, ganharam popularidade nos anos 50 e, embora se tenham mantido como um ícone entre as décadas de 60 e 80, perderam espaço no início do milénio, com a explosão da Internet e dos smartphones.
Quem não conseguiu entrar nenhum dispositivo lá em casa, decidiu, agora, prevenir-se para o futuro, em caso de eventual necessidade. É o que diz um novo estudo do marketplace KuantoKusta. A plataforma afirma que entre segunda e terça-feira, 29 de abril, disparou a procura por artigos para situações de emergência.
Os rádios portáteis lideram a lista dos produtos mais requisitados nestes dois dias, tendo crescido cerca de 4.959 por cento face aos dois dias anteriores. Seguem-se ainda as powerbanks (+1.278 por cento) e os fogões portáteis (+348 por cento).
Muitos destes equipamentos ocuparam também as principais posições na lista de artigos mais procurados da plataforma nestes dois dias. O primeiro lugar da lista é precisamente o rádio Sony ICFP37, em preto, que está temporariamente indisponível nas mais de 20 lojas que o marketplace agrega.
A súbita corrida a estes artigos revela não só uma preocupação dos consumidores com eventuais falhas futuras no fornecimento de eletricidade, mas também uma tentativa de estarem mais preparados para situações de emergência”, explica o diretor comercial do KuantoKusta, André Duarte.
Nostalgia à parte, a verdade é que vários especialistas da Proteção Civil têm reforçado, nos últimos dias, a importância de manter rádios, lanternas, pilhas e meios alternativos para cozinhar por perto. Sobretudo a pensar em eventos inesperados como o apagão geral desta semana.