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Sem pudor: os vestidos transparentes estão a invadir as ruas (e vieram para ficar)

Sensual, divertida e muito moderna. A tendência dos próximos meses não é consensual, mas é ideal para quem quer arriscar.
As opções podem ser mais discretas ou ousadas.

“Os meus seios incomodam-te? Mas eles estão cobertos de cristais Swarovski.” Em 2014, quando Rihanna apareceu com um vestido transparente para receber o prémio CFDA de ícone de moda do ano, tinha a resposta preparada. Embora o look se tenha tornado um marco da cultura pop, a artista recebeu comentários depreciativos durante largas semanas.

Quase 10 anos depois, as peças de roupa transparentes tornaram-se uma tendência de peso. Em causa não estão peças tão reveladoras como a da cantora e empresária caribenha, claro, mas designs com detalhes no tecido que revelam um pouco de pele, um estilo tem sido adaptado ao dia a dia.

A forma como encaramos aquilo que vestimos mudou drasticamente no cenário pós-pandémico. Os hábitos de consumo, no que ao vestuário diz respeito, continuam a assumir a sensualidade e a ousadia sem pudor.

Os números não enganam. De acordo com a Klarna, um serviço de compras online, a venda de vestidos transparentes aumentou em cerca de 103 por cento no ano passado. Já o motor de busca Tagwalk estima que 77 por cento dos designers de moda incluíram coordenados transparentes nas suas coleções, solidificando o seu destaque.

De vez em quando, basta um único desfile de moda para desencadear uma onda de apresentações semelhantes. Neste caso, a popularização da tendência começou com a coleção de outono-inverno 2022 da Fendi, apresentada em fevereiro — uma influência sentida nos desfiles dedicados à estação quente de 2023.

Enquanto a designer britânica Molly Goddard apresentou vestidos de tule transparentes, a Valentino fê-lo com chiffon e a Lanvin com muito brilho. Já a italiana Miu Miu, considerada a marca do ano de 2022, continuou a apostar nos conjuntos sheer de duas peças. Até a Chanel, conhecida pelos desenhos mais clássicos, apostou num pouco de pele visível sem abdicar dos códigos visuais da marca.

Kate Moss, Bella Hadid e Emily Ratajkowski são alguns exemplos de personalidades que assumiram a tendência na rua, sem hesitar. Neste momento, os visuais escolhidos pelas modelos somam elogios, mas o mesmo não aconteceu com Florence Pugh.

Em julho de 2022, a atriz gerou controvérsia graças à escolha do modelo que usou para usou para assistir ao desfile de alta costura da Valentino, em Roma. O vestido em chiffon, num tom conhecido como Valentino Pink PP, deixou visíveis os mamilos da atriz — uma lição estudada com Rihanna.

As críticas começaram a aparecer, com várias pessoas perturbadas por uma opção pouco modesta. Ainda assim, as reações não incomodaram a atriz de “Viúva Negra”, que tem sido reconhecida como um exemplo de um estilo destemido.

Numa passadeira vermelha, a melhor maneira de usar roupa transparente é não cobrir o corpo por baixo. Em todas as outras ocasiões, é preciso um styling menos provocador e há inúmeras opções: pode-se usar um bustier ou corpete, que favorece sempre o peito, peças de renda sensuais ou até um body e shapewear desportiva.

O tempo frio não é suficiente para que as peças transparentes deixem de sair à rua, sejam vestidos ou blusas. Por isso, selecionámos algumas propostas que estão à venda em Portugal. Carregue na galeria para conhecê-las.

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