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Os casacos favoritos dos anos 70 estão de volta — e salvam looks de meia-estação

A camurça verdadeira é dispendiosa, mas existem várias alternativas acessíveis nas lojas. Acabou-se a preocupação com o tempo.
Para todos os gostos.

Rústico, boémio e amarelado. Bob Dylan não teve dúvidas quando chegou o momento de escolher o casaco que usou na icónica capa do álbum “The Freewheelin”, de 1963. O artista usou-o ligeiramente aberto, revelando uma camisa azul por baixo, enquanto caminhava pelas ruas de Nova Iorque ao lado da namorada, Suze Rotolo. Sem saber, estava a ser pioneiro.

“Ele escolheu cuidadosamente as suas roupas amarrotadas”, escreveu a companheira, no livro de memórias “The Freewheelin’ Time”, a propósito do look que Timothée Chalamet recriou para o filme A Complete Unknown”, em que interpretada o música e que foi nomeado aos Óscares 2025. Segundo ela, o artista não se preocupava em usar o que era “remotamente adequado ao tempo”, cita a revista “Esquire”.

A verdade é que estas peças, assim como o tecido, se viriam a tornar num dos estilos que atingiu o auge na década seguinte, cujo protagonismo se manteve até aos anos 90. Na verdade, a longevidade é tanta que, passadas mais de seis décadas, esta pele continua a regressar ao circuito da moda.

Até pode ter estado desaparecida alguns anos, mas já ficou claro que há uma peça em particular que vai dominar as ruas esta primavera. É, lá está, o casaco de camurça. Dos tons quentes de caramelo às silhuetas descontraídas, estes agasalhos que apelam à nostalgia estão preparados para, mais uma vez, se tornarem os elementos básicos do guarda-roupa da meia-estação.

Bella Hadid, Hailey Bieber e Emily Ratajkowski são apenas alguns dos nomes que foram vistos a usar propostas deste género nos últimos tempos. As opções vão das que têm um design com patchwork, mais semelhante ao dos anos 70, às camisas abotoadas que surgiram no final do milénio.

Nas passarelas, o cenário não é diferente. Nas coleções de primavera-verão 2025, Isabel Marant trouxe o já habitual toque boémio, com franjas e silhuetas folgadas, enquanto a Prada brincou com texturas e cores. Já a Miu Miu, por outro lado, elevou o tecido com cintos muito ornamentados e óculos de sol amarelos.

Se este tecido macio e amanteigado está a aparecer em todo o lado, é fácil perceber a razão. Além de ser a camada leve perfeita para o armário de transição entre estações, também funciona naquelas manhãs e noite frescas com outras peças tendência, como jeans largos, saias boémias e botas de cano alto.

Se não tem a certeza de como usar, opte por tons neutros e ganga. Para um conjunto simples, mas elegante, use um casaco com um tom mais claro com calças em tons mais creme creme, combinando com uma malha canelada ou blusas mais frescas, consoante a temperatura.

A verdade é que a camurça (a verdadeira) é inevitavelmente mais dispendiosa — e também, por esse motivo, mais desejada. Hoje, é por vezes difícil distingui-las, embora o passar dos anos revele a maior durabilidade dos materiais originais. 

As lojas de rua rapidamente arranjaram uma alternativa, oferecendo estilos de camurça que parecem tão luxuosos como os vistos nos desfiles. Com novos pormenores como cortes curtos, silhuetas bomber e tons de pedra mais claros, esta velha conhecida dos designers, regressa em força para os próximos meses.

E, por isso mesmo, a NiO escolheu algumas das mais giras e acessíveis propostas de casacos de camurça das lojas de fast fashion. Tome nota.

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