Os clientes que entram na Nails n’Roll são recebidos ao som de Blink-182, Green Day e sonoridades semelhantes. A banda sonora representa um regresso diário à adolescência de Marta Marques, de 37 anos, que cresceu com as bandas emo e punk rock dos anos 90 e 2000. “É uma forma de estar na vida”, explica.
O gosto pela manicure apareceu mais tarde. Após vários anos a trabalhar em comunicação — da rádio à televisão — a criativa começou a descobrir o mundo da nail art. Apaixonou-se pelos desenhos arrojados, pelas cores berrantes e pelo glitter, e decidiu experimentar uma nova área.
“Percebi que podia criar um conceito que trouxesse algo diferente para Lisboa. Já existiam muitas lojas dedicadas à manicure, mas nenhuma aliava isso a uma banda sonora com boa onda”, recorda. Em 2019, abriu um espaço em Campo de Ourique, mas era tão pequeno que quase só cabia uma pessoa.
Após uma passagem pelo Restelo, a Nails n’ Roll ganhou uma nova loja, mais adequada ao conceito, em Algés. O novo espaço abriu portas a 2 de fevereiro. Com 150 metros quadrados, pode acolher uma equipa maior, novos serviços e ainda mais clientes.
“Quando me mudei para o segundo espaço, a minha agenda já estava cheia. O conceito mudou muito e houve uma grande adesão por parte das pessoas”, diz. “Queríamos crescer em dimensão e expandir a oferta, sem perdermos a essência que nos distingue.”
O espírito retro continua a ser inspirado na Califórnia da década de 70, onde região norte-americana onde Marta regressa todos os anos. As peças vintage na Nails n’ Roll são reunidas nas viagens da artista — bonecos de coleção, quadros antigos, um sofá em forma de concha ou um telefone fixo azul, por exemplo.
“Quando a loja começou, tínhamos uma imagem muito fofinha e não perdemos isso”, diz. No entanto, o mundo cor de rosa que muitos associam à marca ganhou um toque mais bruto e industrial. As paredes têm menos cor, mas os apontamentos kitsch continuam presentes.
Uma mão cheia de novos serviços
Após várias obras, Marta conseguiu juntar, no mesmo espaço, uma zona mais ampla para as unhas, uma área dedicada à pedicure e um corner especial para os novos serviços de sobrancelhas, pestanas e piercings.
Na primeira segunda-feira de cada mês, o Nails n’ Roll vai receber Nazaré Pinela, a “bad influencer” portuguesa de 58 anos, para quem quer furar as orelhas ou fazer um septum. A fundadora do estúdio Bang Bang, em Sintra, junta-se assim à equipa de seis pessoas que faz parte da equipa.
Quanto à manicure, o estilo continua a ser uma extensão do espaço: há cores garridas, padrões desenhados ao detalhe, chamas e muito glitter, não fosse a nail art excêntrica a especialidade da casa.
No entanto, também se fazem trabalhos mais clássicos e discretos. “Temos pessoas que fazem coisas artistas durante vários meses e, depois, trocam por unhas mais clean. Mantemos o respeito pela unha natural da cliente, seja através do gel, das extensões ou do verniz.”
Para quem não aprecia a música rock, a banda sonora não é um problema. A playlist é bastante eclética, garante Marta, sendo que o único requisito é que os temas tenham sido lançados nos anos 90, podendo ir do jazz ao R&B. Porém, as canções dos Blink-182 marcam presença quase todos os dias.
Os preços dos serviços das unhas variam entre os 20€ (no caso do verniz gel) e os 60€, para quem fizer extensões de gel XL.
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