Com apenas 22 anos, Marta Perdigão pode orgulhar-se do que já conquistou até agora. Apaixonada por moda desde que se lembra, sempre sonhou ter uma marca própria. Sonhou, literalmente, já que acordava a meio da noite com ideias que ia anotando num caderno. “As melhores ideias surgiram assim”, confessa a jovem em conversa com a New in Oeiras.

Quando lhe perguntavam o que queria ser quando crescesse, Marta nunca deu as respostas habituais. Não queria ser professora, nem médica, nem sequer astronauta. “Dizia sempre que queria ser estilista”, revela a jovem de Carnaxide, que passava o tempo livre a desenhar roupas em cadernos e que, mais tarde, se tornou numa ávida consumidora de revistas e sites de moda.

Quando chegou a altura de escolher o caminho a seguir, Marta não teve dúvidas. Tirou um curso de Design de Moda na Magestil, Escola de Moda de Lisboa e formou-se em Design de Moda na Faculdade de Arquitetura de Lisboa. Está, neste momento, a frequentar o mestrado em Design e Publicidade no IADE.

A par com a formação académica, há precisamente um ano, Marta conseguiu pôr em prática o que já planeava há muito tempo. A Mapê nasceu a 18 de maio de 2021, com uma coleção de peças em cetim, destinada a jovens mulheres. “Tinha este sonho e, apesar de estarmos em plena pandemia, senti que isso não podia ser uma desculpa para não avançar”, explica. “A primeira coleção tinha peças mais curtas, criei-a a pensar em mulheres da minha idade. É uma coleção para quem adora moda e gosta de se sentir bonita com o que veste”, acrescenta.

Um ano depois, celebra agora o crescimento e sucesso da marca com uma nova coleção. “Earth Collection” é perfeita para mulheres que primam pela elegância e simplicidade, segundo a empreendedora. “As peças são a minha cara. Só tem sentido se pusermos muito de nós na marca, mas a pensar também no que as outras pessoas gostam”. 

É Marta que desenvolve todo o processo criativo, desde as ideias, à pesquisa, até ao design. Apenas a parte da confecção não é feita por ela, mas por costureiras portuguesas com as quais trabalha.

“Tento sempre pensar como gostaria de utilizar as peças e adapto os detalhes para ficar ao gosto do maior número de mulheres”. A jovem designer garante que não foge às tendências, mas tem a preocupação de desenvolver apenas peças que tenham a ver com o conceito da Mapê. “Vou-me guiando pelo meu instinto, sempre no sentido de ver o que se está a usar, mas adaptando para peças que façam sentido na minha marca”, afirma.

O cetim é o grande protagonista da “Earth Collection”

Com um toque macio e um efeito brilhante, o cetim é um tecido que pode ser usado em situações casuais ou em eventos mais formais. Esta é uma das características que fez a designer voltar a escolher este material para uma nova coleção. “Dá um toque sofisticado e elegante em qualquer visual”. Elegância e simplicidade são as características principais desta nova coleção, que traz também as mesmas cores da primeira. “O tecido e as cores refletem bem a identidade da Mapê”, garante a fundadora.

Umas calças, um vestido camiseiro, que ainda não tinha no catálogo e uma camisa: são estas as três peças que a marca lançou este mês. Versáteis e intemporais, podem ser usadas de várias formas e permitem conjugar diferentes estilos, de acordo com a responsável. “É ótimo, porque podemos utilizá-las para ir trabalhar, como para levar a uma festa”.

Cada uma das três peças está disponível em três cores: dourado champagne, verde azeitona e laranja terracota. “São três cores que representam bem o conceito da marca, por serem simples e elegantes. Acho importante ter a cor champagne para mulheres que gostam da segurança dos tons neutros. É uma cor que se adapta a todos os gostos. O verde azeitona e o laranja terracota são cores tendência, que remetem para um ambiente de natureza, perfeito para o verão. São cores que estão na moda, para mulheres que gostam de arriscar e sobressair”.

A grande novidade desta nova coleção está no facto de ter sido criada a pensar não só nas clientes mais jovens, mas em mulheres de todas as idades. “Quis que esta coleção pudesse ser utilizada não só por amigas, mas também pelas mães, tias, avós, todo o tipo de mulheres”, conta Marta.

Ambas são coleções cápsula, com poucas peças disponíveis. Desta forma, a designer vai percebendo, aos poucos, quais as peças que fazem mais sucesso. Assim, consegue dar passos mais seguros e conscientes na construção da marca.

Mas se pensa que só pode vestir as peças da Mapê no verão, desengane-se. “Tive uma boa surpresa com a coleção do ano passado. As peças continuaram a vender-se no outono e inverno, pois o cetim é um tecido muito versátil e os modelos tornaram-se ideais para levar a festas e batizados, por exemplo”.

O futuro da Mapê é ainda uma folha em branco, com muito para ser escrito. O digital é a base da marca, por isso, Marta não pensa, por enquanto, numa loja física. Talvez o caminho seja abrir, antes um atelier onde as clientes possam ir por marcação. Até lá pode fazer encomendas através do site e do Instagram ou Facebook da Mapê.

Em breve, a Mapê irá lançar um conjunto de linho, perfeito para o verão. Enquanto esse dia não chega, carregue na galeria para conhecer as peças da nova coleção e os respetivos preços.