Patrícia Vieira licenciou-se em nutrição, mas começou a carreira profissional no setor bancário. Após 15 anos a trabalhar na área, percebeu que já não se sentia feliz nem se identificava com as funções que exercia e decidiu que algo tinha de mudar. “Já não me sentia realizada e precisava sair daquele meio”, conta Patrícia à New in Oeiras. Quando ainda trabalhava no banco, começou a fazer ateliers artísticos, como forma de fugir à rotina.
“Fiz um workshop de cerâmica e adorei o conceito. Entretanto, decidi aprofundar a ideia de forma mais séria”, conta. Aquilo que tinha começado como um hobby passou a ganhar cada vez mais protagonismo na vida de Patrícia. Aos 40 anos, em 2023, matricular-se no CENCAL — Centro de Formação Profissional para a Indústria Cerâmica, nas Caldas da Rainha.
“Inscrevi-me num curso intensivo de um ano e não foi fácil. Vivo na Parede e, por isso, tinha de ficar alguns dias nas Caldas. As semanas eram uma correria, mas valeu a pena. Decidi ir estudar para lá por causa da tradição na cerâmica, as melhores escolas nesta área são as da região”, explica.
Concluído o curso, Patrícia decidiu apostar num negócio próprio para partilhar os novos conhecimentos. “Senti logo que queria ter um atelier meu, para expor as minhas peças e ensinar aquilo que aprendi”, acrescenta.
Em janeiro de 2025 começou a procurar espaços para iniciar o projeto que tinha em mente. Apesar de viver na Parede, Patrícia encontrou a localização ideal no concelho de Oeiras. Em maio, inaugurou o A1, no Parque de Ateliers da Quinta do Salles, no número 23 da Estrada de São Marçal, 23, em Carnaxide.
“Quando consegui arranjar este espaço, fiquei muito feliz. Sinto-me bem aqui, é como se fosse uma extensão da minha casa”, revela, acrescentando que o atelier terá várias vertentes. “Além de expor aqui as minhas peças, já fiz dois workshops e quero começar com as sessões regulares em junho.”
As aulas terão uma frequência semanal, com turmas de seis alunos. “Não quero trabalhar com grupos muito grandes, para conseguir dar atenção personalizada. O objetivo é que todos consigam acompanhar a formação, que será especializada.”
Os workshops pontuais, por sua vez, podem receber até 10 participantes, com preços entre os 35 e os 40€. Durante as sessões de duas horas e meia, Patrícia irá partilhar algumas das técnicas que aprendeu no curso, como o esgrafitado, feito em barro cru, quase seco, e os participantes vão pintando e fazendo o desenho com originalidade.
“O meu espaço também está aberto a pessoas que o queiram utilizar para outro tipo de formações ou aulas de cerâmica. Quero alugar sessões e ceder um espaço a quem quer ensinar”, afirma.
Apesar de as datas dos próximos workshops ainda não estarem definidas, pode acompanhar o espaço nas redes sociais para ficar a par as novidades.
Carregue na galeria para ver mais imagens do atelier A1 e de algumas peças feitas por Patrícia.