Muito se fala dos casacos, das camisolas, das mantas e dos pijamas polares para fazer frente ao inverno, mas as verdadeiras protagonistas dos outfits caseiros ao longo da estação fria são outras. Falamos das pantufas, que ninguém dispensa, por serem um tipo de calçado quente e confortável para andar por casa.
Existem inúmeros modelos, umas mais fechadas, outras abertas, com ou sem pelo, de solas grossas ou finas, mais baixas ou em bota, as possibilidades são muitas. E, agora, chegou mais uma para tornar a escolha ainda mais difícil. A FetuGata, projeto que nasceu em Caxias pelas mãos de Eugénia Teixeira, em março deste ano, lançou no início de novembro uma nova peça no seu já vasto catálogo: as pantufas de crochet.
Já sabemos que o crochet está na moda e há muito que deixou de ser uma arte associada apenas a pessoas mais velhas e se tornou numa atividade desenvolvida também por jovens talentosos e criativos. Multiplicam-se as peças de roupa e acessórios feitos com esta malha nos catálogos das mais variadas marcas — mas nada como conhecer negócios locais que trabalhem com esta arte manual.
As pantufas de crochet assentam perfeitamente no pé, o que lhes confere um alto nível de conforto. Pode usar com ou sem meias e o melhor é que podem ser feitas nas cores que quiser — seja um modelo monocromático ou algo mais elaborado.
Há tamanhos para adultos e miúdos. Só tem que falar com Eugénia, na hora da encomenda, e dar a informação do número que calça (ou da pessoa a quem quiser oferecer). Com a aproximação da época natalícia, esta é uma excelente ideia de presente para dar àquela amiga que gosta de peças feitas em crochet, à tia, aos sobrinhos, enfim, as possibilidades são muitas.
Cada par custa 12€, e pode ser personalizado, tal como este com a “bandeira de Portugal”, que Eugénia fez a pedido do filho, já que se aproxima o Campeonato Mundial de Futebol e nada como torcer pela Seleção com as cores da bandeira nos pés.
Como nasceu a FetuGata
Eugénia Teixeira, de 39 anos, não pegava em agulhas de crochet há quase três décadas. Numa ida a um centro comercial para comprar um presente de aniversário viu o material exposto numa loja e, por brincadeira, decidiu comprá-lo. Tentou lembrar-se da técnica que aprendera em miúda com a mãe e a avó, procurou tutoriais na Internet e começou a fazer peças por puro gozo, para passar o tempo.
A primeira, “para ver se ainda sabia fazer alguma coisa”, foi uma malinha para a filha de quatro anos. “Fiz-lhe uma pequena mala para ela levar a uma festa de aniversário. O mais engraçado é que a mala fez imenso sucesso junto das amiguinhas dela da mesma idade e os pais dos outros miúdos incentivaram-me a fazer mais”, contou à NiO.
Assim sendo, resolveu pôr mãos à obra e foi criando algumas peças nos tempos livres. As encomendas começaram a aumentar e Eugénia percebeu que o crochet era mais que um mero passatempo. Em março deste ano, decidiu oficializar a marca, a par com a sua profissão na área financeira. A FetuGata nasceu na sequência de outro projeto que a caxiense desenvolveu na pandemia, chamado “Não é gata mas tem garra”, para motivar as pessoas a fazer desporto e no qual desenvolveu camisolas solidárias para apoiar uma instituição.
Neste momento, a FetuGata faz peças por encomenda. No verão, os chapéus fizeram sucesso, assim como as capas de telemóvel, os porta-chaves, as malas de senhora e as malinhas pequenas a condizer com ganchos do cabelo, para as clientes de palmo e meio.
Ao redescobrir o gosto pelas agulhas e pelas linhas, Eugénia percebeu também o poder terapêutico das artes manuais. Uma forma de relaxar ao final do dia, onde o esforço mental da profissão na área financeira é substituído por uma atividade manual, quase como um momento de meditação que serve de escape à rotina diária.
Pode seguir a página de Instagram e de Facebook e falar diretamente com a criadora da FetuGata, caso queira uma peça exclusiva, feita em crochet, ao seu gosto.