Com os dias quentes que esta primavera tem proporcionado, não é de estranhar que as praias do concelho de Oeiras (e um pouco por todo o País) estejam já lotadas de pessoas sedentas para dar os primeiros mergulhos do ano e apanhar um bronze. É, por isso, a altura certa para as marcas de swimwear lançarem as novas coleções, que farão parte dos dias de verão, das férias, das viagens e das memórias dos clientes.
É com este propósito que a Missus apresentou a 24 de março, a coleção de primavera-verão de 2023. Ao todo há 22 modelos diferentes, entre biquínis e fatos de banho, que, com as respetivas variações, fazem com que a coleção reúna, no total, 62 opções. “Dividimos a coleção em três drops, espaçados por um mês sensivelmente, não só para nos dar tempo de produzir tudo, como também criar engagement e ter sempre um fator de novidade no decorrer da época alta”, explica Marta Matias, fundadora da marca, à New in Oeiras.
Para encontrar a nova coleção da Missus não precisa ir muito longe, já que a marca tem uma loja no centro comercial Oeiras Parque. Mas, para perceber o conceito por detrás da novidade, temos que viajar até ao sudoeste asiático, mais especificamente às Filipinas, pois foi lá que decorreu a sessão fotográfica. À NiO, Marta explica o porquê desta escolha: “A marca, mais do que estabelecida em Portugal, encontra-se numa fase de possível expansão internacional, numa tentativa de partilhar com o resto do mundo o que acreditamos ser um produto de qualidade tanto no design, como nos seus materiais. Começamos a dar os primeiros passos na exportação e a querer apostar na marca lá fora”.
“As Filipinas foram descobertas pelo português Fernão de Magalhães, embora ao serviço de Espanha, há mais de 500 anos, e com toda a sua beleza natural achámos que tinha o sentido produzir lá o nosso photoshoot de 2023, numa analogia à descoberta de novos clientes pelo mundo fora”, refere a empreendedora. Descoberta e aventura fazem, assim, parte do conceito desta nova coleção, que pretende também homenagear a natureza “na sua forma mais pura”.
Para estar tudo pronto a tempo dos primeiros dias quentes, a marca começa a desenvolver as ideias muitos meses antes. “Os primeiros esboços vão sendo rabiscados em papel muito tempo antes. Aliás, temos que começar a planear a coleção quase com um ano de antecedência. Daí vai fluindo, sempre com um olho nas tendências para o ano em questão, a conjugação de cores e texturas, por tentativa e erro. Como a localização da sessão é definida antes, construímos a base desde aí. O contraste com a água límpida e azul, tal como os verdes da densa vegetação das Filipinas, foram o mote para o desenvolvimento desta coleção”, revela a fundadora.
Nesta viagem, a marca quis também fugir do inverno português. “Escolhemos as Filipinas não só pelas suas origens, pela beleza natural, pelas águas cristalinas e pela vegetação, que fazem parte de todo o cenário, como também pela necessidade de ir à procura do verão no mês de fevereiro, com temperaturas bem mais simpáticas do que em Portugal. Quisemos contar uma história, criamos sempre um storytelling nas nossas sessões fotográficas. E gostamos de, paralelamente, ir partilhando as peripécias, aventuras e dar a conhecer também, outras realidades”, sublinha Marta.
Nesta sessão, entre as modelos, estão alguns rostos bem conhecidos dos portugueses, como a cantora Mia Rose ou a influencer Margarida Corceiro. Duas gerações de mulheres que fazem a marca querer chegar também a clientes de diferentes idades e estilos de vida.
“A Margarida faz parte da Missus desde sempre e já não sabemos o que é uma campanha fotográfica sem ela, porque temos crescido muito com ela e é, também, sócia da marca. Já a Mia Rose, o convite foi super repentino e em cima do timming, mas fez-me todo o sentido, visto que a marca a admira imenso enquanto mulher, e procura igualmente abranger um target que não apenas jovens, mas também já mães, na casa dos 30, e que se sintam confiantes, destemidas e capazes de conquistar o mundo”, conta à NiO.
Os preços dos bíquinis varia entre os 58€ e os 82€, enquanto os fatos de banho oscilam entre os 82€ e os 92€. A coleção é composta também por alguns conjuntos de peças como saias e crop tops, calças e calções de tecido confortável, e acessórios como sacos de praia. Além do espaço físico, a Missus tem também uma loja online, onde pode encomendar as suas peças favoritas. Pode segui-la também no Instagram e Facebook, para ficar a par das novidades.
Uma marca 100 por cento portuguesa
Com 35 anos, Marta Matias é formada em Design Gráfico e Industrial. A paixão pela moda fê-la tirar um curso de maquilhagem profissional, uma área que adora. Sentindo a criatividade a pulsar, fã de cores fortes, diferentes padrões e possíveis conjugações entre eles — e com muita vontade de criar um negócio próprio — decide lançar, em 2016, uma coleção de swimwear.
Nasceu, assim, a Missus, que em 2017 abriu a sua primeira loja no Fórum Oeiras. A ideia era que a marca fosse diferente do que já havia no mercado. Todas as coleções são desenhadas por Marta e, hoje, já não é só uma marca de roupa de praia. Do catálogo fazem parte coleções de peças desportivas, roupa de noite, lingerie, conjuntos de easywear e loungewear, e ainda acessórios como crunchies ou sacos de praia.
Com o decorrer do tempo, e por ter como foco tornar-se numa marca mais sustentável, a Missus começou a trabalhar com materiais ecológicos e a desenvolver práticas de produção que visam reduzir o impacto ambiental do negócio. Com fatos de banho e biquínis produzidos exclusivamente em Portugal, a marca orgulha-se de fabricar todas as peças com um tecido reciclado — o econyl, uma fibra de nylon confecionada com resíduos de plásticos encontrados nos oceanos e em aterros de todo o mundo.
“Utilizamos materiais ecológicos e reciclados e reduzimos o desperdício, otimizando o uso de tecido e minimizando as sobras de material, de maneira a garantir que todo o tecido é utilizado. Trabalhamos com produção ética e com práticas que garantem salários justos para os trabalhadores; regemo-nos diante processos de produção ecologicamente corretos, onde minimizamos o uso de produtos químicos e nocivos”, afirma a fundadora da marca.
Também nas encomendas, esta prática é assumida. “As nossas embalagens são igualmente sustentáveis, utilizando o papel reciclado e plástico biodegradável para acondicionar os artigos”, garante Marta. “Apelamos à máxima qualidade dos nossos produtos, para que sejam duradouros, de maneira a reduzir a necessidade de substituição frequente e, contribuindo assim, para uma indústria mais sustentável”, conclui.
Carregue na galeria para conhecer algumas peças da nova Phili Collection.
