Camarão à Itaipu, salmão de Ipanema, pato à Zé Carioca ou polvo Copacabana. O Brasil serve-se à mesa no mais recente restaurante do centro histórico de Oeiras, com pratos de autor criados pelo chef Eduardo Araújo. No tempero traz mais de duas décadas de experiência, focado na cozinha brasileira, mas também com inspirações italianas e portuguesas. O risotto de caipirinha, por exemplo, é a prova inequívoca das intenções do Frigideira Carioca: seduzir o paladar dos clientes.
Eduardo Araújo e Cristina Soares conheceram-se há mais de 20 anos numa escola de gastronomia, no Brasil. “Desde então, nunca mais parámos de cozinhar juntos”, contam à NiO. Vieram para Portugal há cinco anos, passando por cozinhas de hotéis em Sintra e em Tavira, onde as suas criações foram muito elogiadas. “Tivemos as melhores notas e comentários no Trip Advisor”, garantem. Apesar do sucesso profissional, não se adaptaram à vida no sul e decidiram regressar à zona de Lisboa. “Achámos que estava na hora de arriscar e ter um projeto nosso”, referem.
E assim foi. O Frigideira Carioca, aberto deste o dia 29 de setembro, é a realização de um sonho antigo do casal. Situado no número 11 da Rua Marquês de Pombal, bem no centro histórico de Oeiras, o restaurante veio ocupar o espaço do antigo Temperatura. “Gostamos desta zona e surgiu esta oportunidade. Queríamos um lugar assim pequeno, porque somos só os dois, e assim conseguimos oferecer uma qualidade maior”, sublinha Eduardo.
Mais do que simples refeições, os chefs querem oferecer uma experiência gastronómica aos clientes, “que será marcante para quem nos visita”, garantem. “Percebemos que, até pelo nome, o pessoal vem atrás de comida brasileira mesmo. Então, temos vários petiscos na carta, até porque os cariocas, quando se encontram, é para ir petiscar, quisemos trazer esse conceito”, refere o chef Eduardo.
Neste sentido, o menu tem várias iguarias para provar, desde os dadinhos de tapioca (12€), ao bolinho carioca, que consiste num croquete de moqueca de camarão (9,50€), o bolinho de feijoada (9,50€), a coxinha de frango à moda de Icaraí (9€), o camarão à Itaipu (16,50€) ou o frango à passarinho (15,50€). Quanto aos pratos principais, apresentados na carta, pode prová-los no período do jantar e ao fim de semana. Os dois que têm tido mais saída, segundo o chef, são o gnocchi de rabo de boi (16€) e as bochechas de porco (18€), “um dos pratos que mais elogios recebe”.
Existem outras sugestões que podem ser também do seu agrado, como o salmão de Ipanema (19€), o pato à Zé Carioca (24€), o polvo Copacabana (22,50€) ou o hambúrguer Central do Brasil (16€). Se é fã de risottos, pode provar o de mix de cogumelos (16€) ou o de caipirinha com camarão e crispe de alho francês (18,50€).
Quanto às sobremesas caseiras, são especialidades da chef Cristina, com pós-graduação em Pâtisserie. Vai ser difícil escolher entre o trio de citrinos, que consiste numa fatia de torta de laranja do Algarve, com curd de limão e sorbet de tangerina, acompanhado de telha de amêndoas (8,50€) ou o crème brûlée de frutos silvestres (7,50€). No Frigideira Carioca tudo é feito de raiz pelo casal de chefs, com produtos artesanais. É Cristina que produz todas as massas frescas, por exemplo.
Além dos pratos já mencionados, durante a semana há outras opções no período de almoço. É que o restaurante tem um menu especial, de terça a sexta-feira, entre o meio-dia e as 15 horas, que inclui uma entrada (pode escolher entre duas opções), um prato principal (há duas ou três sugestões à escolha) e uma sobremesa, pelo valor de 15€. As bebidas pagam-se à parte.
E para quem não resiste a uma boa feijoada, saiba que é o prato principal dos almoços de fim de semana no Frigideira Carioca. Tendo em conta que o espaço não é grande, o ideal é reservar mesa. E não se preocupe em fazer refeições longas, porque ali “são os clientes que mandam. Ficam até quando quiserem, com a certeza que vão ser bem atendidos”, remata Eduardo.
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