LET'S ROCKDepois do azeite e do óleo, as suspeitas de falsificação agora recaem sobre o mel. A Federação Nacional dos Apicultores Portugueses lançou um alerta sobre os riscos e impacto de produtos falsificados. O anúncio, divulgado esta segunda-feira, 21 de outubro, surge na sequência de uma denúncia feita pela Associação Europeia de Apicultura (EBA), onde se refere que quase metade do mel à venda no mercado europeu é fraudulento.
“Suspeita-se que a fraude seja feita com xaropes de origem vegetal (arroz ou milho, por exemplo), recorrendo a um processo altamente sofisticado e a técnicas avançadas, que dificultam bastante a sua deteção”, acusa a EBA. Este produto falsificado é comercializado como verdadeiro por um valor bastante reduzido, “cerca de 75 por cento inferior ao preço do mel pago ao produtor”.
Para tentar controlar e reduzir a possibilidade de burla, a Comissão Europeia (CE) definiu novas regras de rotulagem. “Todo o mel comercializado na União Europeia indicará, em breve, em que país ou países foi produzido. Além disso, a CE estabeleceu o objetivo de adotar um método harmonizado para a determinação da autenticidade do mel, ao mesmo tempo que serão definidos os laboratórios de referência para essas análises. Este processo deverá estar terminado no prazo de três anos, o que, infelizmente, para os apicultores europeus é demasiado tempo”, refere a EBA, aqui citada pelo “Público”.
É ainda importante que estas informações sejam transmitidas aos consumidores, “para que este problema possa ser ultrapassado”, ressalta a associação. “Queremos que escolham mel e produtos apícolas de origem europeia, de preferência produzidos no próprio país”, apela a EBA, após esclarecer que os “apicultores europeus estão a perder rendimento a cada ano que passa e os casos de abandono da atividade são já uma realidade”.
Artigos relacionados
