Rute Brito, com 47 anos, trabalha na área da restauração e catering há aproximadamente duas décadas. Recentemente, decidiu alterar o percurso profissional, e juntou-se a Henrique Oliveira, seu sócio, para desempenhar funções administrativas na Inovbuild, empresa sediada em Carnaxide. Contudo, após alguns meses nesta nova função, Rute concluiu que a sua verdadeira paixão era a restauração e, novamente em conjunto com Henrique, decidiu procurar um projeto com o qual se identificasse mais. “Tentei experimentar outras coisas, para me afastar um pouco daquilo que tenho feito há muitos anos, mas percebi que sou feliz na área da restauração e queria ter um restaurante meu”, conta à NiO.
Após quase seis meses de procura, surgiu a oportunidade de assumirem a gerência do restaurante Alma Lusa, situado em Linda-a-Velha. Os sócios passaram muito tempo a decidir qual seria o conceito ideal, pois procuravam algo que fizesse sentido para ambos. “Pensámos num italiano, mas é muito comum. Entretanto, surgiu este restaurante tipicamente português, que me pareceu perfeito”, recorda.
O espaço mudou de mãos em março deste ano e manteve o conceito que já existia sob a gestão de Rui Deus, antigo proprietário. Com o nome dá a entender, o Alma Lusa é dedicado a pratos típicos da cozinha portuguesa. “Decidimos manter o conceito, porque nesta zona há pouca oferta de comida tradicional, com especialidades regionais e muito nossas”, afirma Rute.
O objetivo é transformar o restaurante numa “segunda casa” para os clientes, oferecendo pratos como polvo à lagareiro (€15,90), picanha com feijão-preto (€15,90), dourada à Bulhão Pato (€16,90), iscas de cebolada à lisboeta (€14,90), considerada uma das especialidades da casa, ou filetes de peixe-galo com arroz de berbigão (€15,90).
O Alma Lusa serve ainda dois pratos do dia e, apesar da nova fase estar ainda no início, o objetivo é introduzir novidades na carta. Uma delas será “uma experiência de fim de semana”, explica Rute. “Vamos apostar num arroz de sapateira, para verificar a aceitação por parte dos clientes”, adianta.
Com capacidade para cerca de 42 pessoas, o restaurante conta com uma equipa “completamente nacional”, pois a proprietária deseja preservar a autenticidade do espaço. “Fazemos questão de ter funcionários portugueses para que tudo seja genuíno. Queremos que seja uma extensão de casa, um espaço de convívio para amigos e familiares, com um conceito 100 por cento português”, reforça.
Para reforçar essa identidade, o Alma Lusa prepara-se para receber, ainda este mês, outra novidade, desta vez, musical. A noite de 24 de maio será dedicada ao fado, com atuações e espetáculos a partir das 20 horas. O jantar será acompanhado pelas atuações de dois fadistas, Carla Morato e Luis Capitão, um momento de guitarra portuguesa com Miguel Santos, uma viola com Pedro Soares e o contrabaixo com António Morato.
A iniciativa contará ainda com menu especial composto por queijo curado, tábua com chouriço e morcela, e um caldo verde como entradas. O prato principal serão pataniscas de bacalhau com arroz de feijão, e para beber, um jarro de vinho, e uma garrafa de água. A sobremesa será arroz-doce, seguido de café e um “licor à Almalusa”. O valor do menu completo, com música e animação, é de 45€, sendo necessária reserva através do telefone 210136607.
“Esta vai ser a primeira noite de fados desde que assumimos o espaço, e o nosso objetivo é manter o espírito de casa nacional e de celebração da cultura portuguesa”, salienta Rute.
Carregue na galeria para ver algumas fotografias do espaço e de alguns pratos que poderá provar por lá.